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Após julgamento, Cristovam Buarque vai à forra: Lula traiu a educação

Políticos de direita e de esquerda repercutem a condenação de Lula em segunda instância no TRF-4 nesta quarta-feira (24/1)

atualizado

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Agência Brasil/Arquivo
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1 de 1 lula cristovam - Foto: Agência Brasil/Arquivo

Assim que os votos no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) alcançaram a maioria suficiente para manter a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na tarde desta quarta-feira (24/1), o meio político ferveu. De Norte a Sul do país, a repercussão foi imediata.

De um lado, petistas e aliados falavam em subir o tom da luta, entrar com novos recursos e intensificar a mobilização nas ruas. Já os opositores elogiavam a decisão que pode sepultar as pretensões eleitorais de Lula.

Ex-petista, o senador Cristovam Buarque (PPS-DF) usou o Twitter para criticar o ex-presidente.

No entanto, Cristovam fez uma ponderação: “Não dá para prever ainda as consequências políticas dessa decisão do julgamento do Lula para as eleições”.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), divulgou nota à imprensa na qual destaca ter construído sua carreira “combatendo, no campo da política, as teses defendidas pelo ex-presidente Lula e pelo PT.” No entanto, afirmou que, “quem tem responsabilidade pública, em qualquer Nação, não pode estar celebrando o dia de hoje.” Maia está no exercício da Presidência da República, pois o presidente Michel Temer participa em Davos, Suiça, do Fórum Econômico Mundial.

“Na política, o melhor foro de enfrentamento de teses diferentes é a campanha eleitoral. Nela, o veredito é dado pelas urnas. Mas a campanha não começou, e quem se pronunciou hoje foi o Poder Judiciário. É necessário ouvi-lo e respeitá-lo”, ressaltou Maia. “O resultado do julgamento do Tribunal Regional Federal da 4ª Região deixa claro que o Brasil é uma democracia madura onde as instituições funcionam plenamente”, acrescentou no texto. O político encerra o texto destacando sua convicção de que a ordem institucional será respeitada e o Brasil “seguirá pacificamente rumo à recuperação.”

Líderes
O líder do PPS na Câmara dos Deputados, Arnaldo Jordy (PA), classificou de “extremamente técnica e zelosa” a decisão do TRF-4 que, além de manter a condenação imposta em primeira instância pelo juiz Sérgio Moro, aumentou a pena do petista para 12 anos de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex em Guarujá (SP).

“O ex-presidente foi julgado como qualquer outro cidadão, em um processo no qual foi respeitado o devido processo legal. Foi dado o direito à ampla defesa e agora o condenado precisa respeitar a decisão. A condenação de um ex-presidente da República mostra a maturidade democrática pelo qual passa o país”, disse o deputado do PPS.

Já o líder do Democratas no Senado Federal, Ronaldo Caiado (GO), classificou de histórica a decisão da Corte federal em Porto Alegre (RS). “…O que precisamos agora é buscar a consciência do eleitor para que tenha em mente que maus políticos não podem mais participar do processo eleitoral. Que a nossa democracia está madura e não permite mais ser subjugada por projetos de poder pautados no populismo e na corrupção”, declarou.

“Plano A, B e C”
Em São Paulo, onde acompanha as manifestações de militantes nas ruas, o deputado federal José Guimarães (PT-CE) foi enfático ao comentar a expectativa do partido em relação às eleições de 2018: “Lula é nosso plano A, B e C”.

Já a presidente nacional PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), que discursava para militantes em Porto Alegre nesta tarde, convocou os correligionários a tomar as ruas: “Vamos radicalizar. Não vamos sair das ruas”.

Repercussão no DF
Pela manhã, o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, disse esperar um julgamento imparcial pela 8ª Turma do TRF-4. Procurado pela reportagem para comentar o veredito da Corte de Porto Alegre (RS), após o encerramento da sessão, sua assessoria informou que ele não se pronunciaria: “O governador não comenta decisão judicial”.

A ex-vice-governadora do DF Arlete Sampaio (PT), registrou a indignação pelo resultado do julgamento. “Todo poder emana do povo? Mentira! No Brasil emana do dinheiro! O Judiciário é lacaio!”, escreveu Arlete, que é uma das fundadoras do PT na capital federal.

O líder do PT na Câmara Legislativa, Chico Vigilante, criticou a decisão do TRF-4: “Vivemos uma ditadura do Judiciário. Povo na rua, Justiça para Lula”.

Presidente petista no DF, a deputada federal Erika Kokay usou o Twitter para repudiar a condenação do ex-presidente. Ela comparou o caso com recentes escândalos no Brasil. “Aécio tem mala de dinheiro e continua senador; Temer tem mala de dinheiro e continua presidente ilegítimo; Lula não tem mala, não tem conta na Suíça, não é dono do Triplex, mas corre o risco de não ser sequer candidato?”, registrou.

Pego de surpresa com a notícia que a condenação do ex-presidente foi mantida, o pré-candidato ao Palácio do Buriti pelo PR, Jofran Frejat, afirmou que o julgamento seguiu uma linha técnica. “O Lula é uma grande liderança, não apenas do PT, mas também do Brasil. Será um baque grande em todas as campanhas, inclusive no DF”, disse.

Tucanos também comentam
Ex-governadora do DF e fundadora nacional do PSDB, Maria de Lourdes Abadia afirmou que a sentença reflete o sentimento da população. “Brasília está inserida no mesmo sentimento do Brasil: o da decepção com Lula. Ele não honrou a história dele e a do Partido dos Trabalhadores. É o que vejo nas ruas, é o que eu também sinto”, declarou ao Metrópoles.

Presidente do PSDB-DF, o deputado federal Izalci Lucas afirmou à reportagem não ter dúvidas sobre o desfecho do julgamento do ex-presidente. “Participei de todas as CPIs do Congresso Nacional. Desde o primeiro momento, eu já sabia que se tratava de um grande esquema de corrupção, uma verdadeira quadrilha montada para saquear os cofres públicos”, declarou.

Presidente nacional do PSDB, o governador de São Paulo, Geraldo Alckimin, se manifestou pelo Twitter: “Talvez não termine hoje essa novela, porque cabe recurso, mas o importante não é se preocupar com adversário, é se preocupar com eleitor. Quem vai decidir a eleição é o povo.”

Pré-candidato à Presidência da República, o prefeito de São Paulo João Doria publicou em seu Twitter: “O Brasil do bem celebra esse momento histórico. A Justiça está se cumprindo. A prisão aguarda em breve Luiz Inácio Lula da Silva. Essa corajosa decisão da Justiça é um golpe duríssimo no PT e ajuda a fortalecer a esperança de um país mais justo e sem corrupção”.

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