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Após falhas nas prévias do PSDB, Bolsonaro alfineta voto eletrônico

Tucanos tiveram problemas com aplicativo usado para registrar o voto dos filiados nas prévias à Presidência da República

atualizado

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HÉLVIO ROMERO/ESTADÃO CONTEÚDO
JOÃO DORIA jair bolsonaro
1 de 1 JOÃO DORIA jair bolsonaro - Foto: HÉLVIO ROMERO/ESTADÃO CONTEÚDO

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) alfinetou, na manhã desta segunda-feira (22/11), em conversa com apoiadores, a confusão causada pela pane no aplicativo utilizado para votar nas prévia do PSDB à Presidência.

O caos gerado acabou impedindo a escolha do candidato tucano ao Palácio do Planalto em 2022.

“Viu a confusão ontem? Eu não vou falar nisso porque eu não tenho nada a ver com o outro partido, mas deu uma confusão em São Paulo ontem. É o tal do voto eletrônico”, disse Bolsonaro, rindo. O momento foi gravado e divulgado por um canal simpatizante ao governo.

Os candidatos tucanos decidiram adiar o retorno do pleito para esta segunda-feira (22/11), após reunião com os responsáveis pelo software.

Apesar de criticar o voto eletrônico, em seguida Bolsonaro se contradisse e defendeu o formato da eleição para 2022.

De acordo com ele, a votação eletrônica será segura em 2022 porque o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, convocou as Forças Armadas a participar do processo eleitoral.

“O ministro Barroso, que é o presidente, emitiu lá uma portaria e convidou umas 10 instituições. Entre elas uma tal de Forças Armadas, vocês devem conhecer, né? Nós vamos participar da primeira fase, do ‘código-fonte’ até a ‘sala secreta’. Não vai ter problema. O ideal é o voto no papel, impresso, mas agora fica quase impossível uma fraude, porque partiremos do princípio que não haverá cooptação”, disse.

PSDB e PL

Bolsonaro está sem partido há mais de dois anos e enfrenta dificuldades para se filiar ao mais cotado por ele e pela sua base aliada, o Partido Liberal, de Valdemar Costa Neto. Um dos principais rivais de Bolsonaro, tanto no atual governo quanto nas urnas, no ano que vem, é o atual governador de São Paulo, João Doria, do PSDB.

Um dos imbróglios para a demora na filiação do presidente ao PL é o fato de o partido apoiar o candidato apadrinhado por Doria, Rodrigo Garcia (PSDB).

O acordo entre PL e PSDB consistia em conversas para garantir respaldo na eleição de Garcia. Hoje, vice de João Doria, Garcia deixou o DEM e virou o pré-candidato a governador pelo PSDB. Bolsonaro, no entanto, quer o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, para a disputa ao governo do estado.

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