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Após falar em país quebrado, Bolsonaro ironiza: “Brasil está uma maravilha”

Presidente conversou com apoiadores no Palácio da Alvorada, no início da manhã, e comentou declaração sobre o Brasil estar “quebrado”

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1 de 1 Presidente Jair Bolsonaro - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Em conversa com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada, na manhã desta quarta-feira (6/1), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) comentou a fala proferida ontem, quando disse que “o Brasil está quebrado” e ele não consegue fazer nada a respeito.

“[Viram] A confusão de ontem? Que eu falei que o Brasil estava quebrado? Não, o Brasil está bem, está uma maravilha”, disse, em tom irônico. “A imprensa sem-vergonha. Faz uma onda terrível aí. Para a imprensa, bom estava o Lula, a Dilma, gastando R$ 3 bilhões por ano com eles”, disparou.

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A fala foi proferida na manhã desta quarta, antes da reunião ministerial que ocorreu no Palácio do Planalto. O vídeo foi registrado por um canal bolsonarista.

Críticas à imprensa

O presidente da República voltou a fazer críticas ao trabalho da imprensa. “O maior problema do Brasil não é com alguns órgãos, é com a imprensa”, disse o presidente.

Ao comentar uma nota do jornalista Lauro Jardim sobre conversa telefônica entre ele e o ex-presidente Michel Temer (MDB), o titular do Palácio do Planalto informou que não conversa com Temer há, pelo menos, 30 dias.

“De vez em quando, eu falo com ele, mas tem mais de 30 dias que eu não falo com o Temer. Aí inventa historinha embaixo, para influenciar nas eleições da mesa. Tem gente que não tem caráter, Lauro Jardim e tantos outros”, comentou. “Se eu me preocupasse com o que a mídia escreve, não saía de casa.”

Segundo a nota publicada na coluna do jornal O Globo, Temer declarou que, se o deputado Baleia Rossi (MDB-SP) vencer a eleição para a presidência da Câmara no início de fevereiro, isso não significará um presidente da Câmara de oposição ao chefe do Executivo.

Desemprego

Em outra conversa com apoiadores na terça-feira (5/1), Bolsonaro afirmou que uma das explicações para o desemprego no país é que parte dos brasileiros não tem preparação para fazer “quase nada”.

“É um país difícil de trabalhar. Quando fala em desemprego, né, [são] vários motivos. Um é a formação do brasileiro. Uma parte considerável não está preparada para fazer quase nada. Nós importamos muito serviço”, declarou o presidente no fim da tarde de ontem.

Nesta quarta, o mandatário do país resgatou a fala e responsabilizou o despreparo dos brasileiros pela má qualidade da educação.

“Ontem, eu falei que parte dos brasileiros não está preparada para o mercado de trabalho. Pronto, a imprensa falou que eu ofendi todos os empregados do Brasil. Agora, nós importamos serviços, porque não tem gente habilitada aqui dentro. Por quê? Há 30 anos é destruída a educação no Brasil, a geração Paulo Freire, né?”

Vacinação

Bolsonaro também comentou o fato de o Brasil estar atrás de diversos países na compra de vacinas contra a Covid-19. “Vários países compraram 10 mil doses de vacina e daí, lógico, aplicaram. ‘Pronto, os países estão aplicando e nós, não.’ Só que tem que ter responsabilidade. Tem uma tal de Anvisa aí que a imprensa nem toca no assunto. Tem que passar por lá”, pontuou.

Mais cedo, o chefe do Executivo informou que, depois da tentativa frustrada do governo federal na aquisição de seringas, a compra estava suspensa devido à alta de preços do produto.

No fim de dezembro, o Ministério da Saúde abriu licitação para adquirir 300 milhões de seringas e assegurar as condições para a vacinação contra a Covid-19, mas só conseguiu oferta para adquirir 7,9 milhões no pregão eletrônico. O número corresponde a cerca de 2,4% do total de unidades que a pasta desejava adquirir.

Ao final da conversa, o presidente instou os simpatizantes a pensarem em como estaria o país se o adversário, Fernando Haddad (PT), tivesse sido eleito nas eleições de 2018. “Se tivesse o Haddad no meu lugar, já imaginou como ia estar o Brasil? A petralhada toda aí”, afirmou.

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