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Após fala de Bolsonaro, Guedes pede fiscalização do dinheiro da Covid-19

Presidente disse que estados estão desviando recursos destinados ao combate ao novo coronavírus. Ministro pediu ajuda do Congresso

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Presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes
1 de 1 Presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Após acusação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de que os estados estão desviando recursos destinados ao combate ao novo coronavírus, o ministro da Economia, Paulo Guedes, pediu que o Congresso e os tribunais de contas estaduais fiscalizem a aplicação dos recursos.

Guedes conversou com parlamentares da Comissão Mista do Coronavírus por videoconferência. O grupo  acompanha os desdobramentos da pandemia no Brasil.

“Não queremos que esse dinheiro seja desviado para outras finalidades. Queremos ter a certeza que fizemos a coisa certa. Se esse dinheiro entrar nos estados e não tiver a devida fiscalização dos TCEs (tribunais de contas estaduais)…  gostaríamos da ajuda de vocês (parlamentares)”, destacou.

Antes, na manhã desta quinta-feira (30/04), Bolsonaro sem mencionar quais unidades da Federação estariam se apropriando indevidamente dos recursos ou apresentar provas, afirmou que precisa de uma “Polícia Federal isenta” para coibir abusos.

“O governo federal fez tudo, o Paulo Guedes, em contato com o Congresso, com governadores, liberou recurso pra tudo. Cabe aos governadores gerir esse recurso. O que mais nós temos, por parte de alguns estados, é desvio de recursos. É isso que está acontecendo. Por isso, precisamos da Polícia Federal isenta, sem interferência, para poder tratar desse assunto, para poder coibir possíveis abusos”, frisou.

Saída da crise

Segundo Guedes, o país tem todas as condições para superar os impactos do coronavírus na economia.

Ele defendeu a retomada das discussões das reformas estruturais após a pandemia. “Acredito que o Brasil irá surpreender o mundo saindo do buraco mais rápido”, ponderou.

O ministro elogiou as próprias medidas, como a suplementação salarial feita pelo governo e a medida provisória (MP) que permite a redução de jornada e salários.  Para o governo, as medidas preservam empregos.

“Estamos no mesmo nível dos países avançados. Alguns (projetos brasileiros) estão sendo avaliados lá fora. Estamos acima de todos os países da América Latina”, opinou.

Guedes defendeu a manutenção dos empregos durante a crise. “As empresas não têm desculpa para demitir. Pagamos a metade que ela reduziu e pagamos a metade que ela irá arcar com o crédito especial de folha do pagamento”, resumiu, ao se referir ao estímulo de R$ 100 bilhões ao empresariado.

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