Após encontrar Lula, Ana Moser nega demissão: “Me deu muito trabalho”
Ministra dos Esportes e Lula se encontraram no Palácio do Planalto por cerca de 30 minutos, para falar sobre a Copa do Mundo Feminina
atualizado
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Após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nesta terça-feira (11/7), a ministra dos Esportes, Ana Moser, disse que, na conversa dos dois, não entrou a pauta política. O encontro começou às 18h e durou cerca de 30 minutos, no Palácio do Planalto, e teve a participação dos ministros da Casa Civil, Rui Costa, e da Secretaria de Comunicação da Presidência, Paulo Pimenta.
Há a expectativa que a atleta deixe a pasta, já que o Ministério dos Esportes está na cota de ministros que seriam trocados para acalmar os ânimos do Centrão. Porém, a conversa, segundo a ministra, serviu para falar sobre a possibilidade de o Brasil brigar para ser o país-sede da Copa do Mundo de Futebol Feminino em 2027.
“A questão política ela é dada, mas não entrou na nossa pauta porque não tem nenhuma indicação nesse sentido. Ele [Lula] está me passando bastante trabalho e vai demorar um tempo para concluir esse trabalho”, disse a ministra Ana Moser em coletiva de imprensa.
Ana Moser, como tem mostrado a coluna Igor Gadelha, do Metrópoles, entrou na mira do Centrão após impor restrições para receber parlamentares e devido aos vetos à Lei Geral do Esporte.
“Eu não vejo tanta diferença esse tipo de pressão, faz parte. O que nos cabe é continuar trabalhando. As decisões têm espaço para acontecer. […] São reflexões que não me cabem fazer, porque está acima da minha posição. Eu só posso seguir as missões dadas e os objetivos que se tem. Tá muito mais na imprensa essas conversas”, completou.
A ministra já havia comentado, ao Metrópoles, que as pressões exercidas sobre as mulheres titulares de pastas-alvo do Centrão são qualificadas como “assédio”.
“É uma relação de assédio que não fui a primeira [vítima]. A maior parte das assediadas são as ministras mulheres: Marina, Daniela, Nísia, e nós estamos trabalhando”, disse Ana Moser. “Quem manda é o presidente Lula, ele toma as medidas que achar melhor tomar, mas a gente sabe que está trabalhando, tem tranquilidade nisso e com apoio do presidente”, declarou.