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Após encontrar Lira, Lula almoça com Pacheco na residência do Senado

Entre os assuntos na pauta, presidente eleito tratará da PEC da Transição e de apoio para reeleição do atual presidente da Casa

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Imagem colorida mostra presidente da República eleito Lula junto com presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Na foto eles caminham lado a lado - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida mostra presidente da República eleito Lula junto com presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Na foto eles caminham lado a lado - Metrópoles - Foto: Reprodução/Redes sociais

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu, no início da tarde desta quarta-feira (9/11), com o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), na residência oficial da Casa. Antes, o petista esteve reunido com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).

Após o almoço, Pacheco fez uma publicação nas redes sociais e afirmou ter tratado de “temas institucionais e de interesse do governo de transição”.

“Reafirmei ao presidente Lula que o Congresso irá trabalhar, de forma responsável e célere, para assegurar os recursos que garantam, em 2023, os R$ 600 do Auxílio Brasil, o reajuste do salário mínimo, e os programas sociais necessários para a população mais carente do país”, publicou.

Pouco depois, foi a vez do presidente eleito usar as redes sociais para informar o encontro com o presidente do Senado.

Mais tarde, Lula ainda irá se encontrar com a presidente do Supremo Tribunal Federal, Rosa Weber. Interlocutores do novo presidente afirmam que a visita do petista servirá para reatar laços entre Executivo e Judiciário, cuja relação foi repetidamente tensionada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL).

PEC da Transição

No encontro com Pacheco, a expectativa é de que sejam levadas à mesa as agendas prioritárias do governo Lula para o próximo ano. Estarão na pauta as tratativas da equipe de transição de governo para a construção de um texto capaz de assegurar, nos cálculos do Orçamento 2023, as promessas feitas durante a campanha.

O petista também quer ouvir do senador qual o melhor caminho para garantir a manutenção do Auxílio Brasil em R$ 600 e o aumento real do salário mínimo. O teto orçamentário é o maior obstáculo e, hoje, há duas alternativas: editar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) ou uma Medida Provisória (MP).

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De origem simples, Lula se mudou para São Paulo com a família quando ainda era criança. Na infância, trabalhou como vendedor de frutas e engraxate
Mais tarde, tornou-se auxiliar de escritório, foi aluno do curso de tornearia mecânica no Senai e, tempos depois, passou a trabalhar em uma siderúrgica que produzia parafusos, onde perdeu o dedo mínimo da mão esquerda
Em 1966, Lula começou a trabalhar em uma empresa metalúrgica. Em 1968, filiou-se ao Sindicado de Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema e, em 1969, foi eleito para a diretoria do sindicato da categoria
Durante a ditadura militar, liderou a greve dos metalúrgicos e foi preso, cassado e processado com base na lei vigente à época. Foi justamente nesse período que a ideia de fundar o Partido dos Trabalhadores surgiu
Para formar a sigla, juntou representantes de movimento sindicais, sociais, católicos e intelectuais. Lula se tornou o primeiro presidente do PT. Durante a redemocratização, foi um dos principais nomes do Diretas Já, e no mesmo período, iniciou a carreira política
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Luiz Inácio Lula da Silva, nascido em 1945, é um ex-metalúrgico, ex-sindicalista e político brasileiro. Natural de Caetés, no Pernambuco, foi o 35º presidente do Brasil

Fábio Vieira/Metrópoles
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De origem simples, Lula se mudou para São Paulo com a família quando ainda era criança. Na infância, trabalhou como vendedor de frutas e engraxate

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Mais tarde, tornou-se auxiliar de escritório, foi aluno do curso de tornearia mecânica no Senai e, tempos depois, passou a trabalhar em uma siderúrgica que produzia parafusos, onde perdeu o dedo mínimo da mão esquerda

Fábio Vieira/Metrópoles
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Em 1966, Lula começou a trabalhar em uma empresa metalúrgica. Em 1968, filiou-se ao Sindicado de Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema e, em 1969, foi eleito para a diretoria do sindicato da categoria

Fábio Vieira/Metrópoles
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Durante a ditadura militar, liderou a greve dos metalúrgicos e foi preso, cassado e processado com base na lei vigente à época. Foi justamente nesse período que a ideia de fundar o Partido dos Trabalhadores surgiu

Ricardo Stuckert
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Para formar a sigla, juntou representantes de movimento sindicais, sociais, católicos e intelectuais. Lula se tornou o primeiro presidente do PT. Durante a redemocratização, foi um dos principais nomes do Diretas Já, e no mesmo período, iniciou a carreira política

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Em 1986, foi eleito deputado federal por São Paulo e, em 1989, concorreu pela primeira vez para presidente. Perdeu para Fernando Collor. Lula disputou o Palácio do Planalto outras duas vezes até ser eleito, em 2002

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Cumprindo o primeiro mandato, foi reeleito em 2006, após disputa com Geraldo Alckmin, e permaneceu como presidente até 31 de dezembro de 2010

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Durante o período em que foi chefe de Estado, ficou conhecido pelos programas sociais Fome Zero e Bolsa Família, pelos planos de combate à pobreza e pelas reformas econômicas que aumentaram o PIB brasileiro. No exterior, Lula foi considerado um dos políticos mais populares do Brasil e um dos presidentes mais respeitados do mundo

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Após passar a faixa presidencial para Dilma Rousseff, Lula começou a realizar palestras nacionais e internacionais. Em 2016, foi nomeado por Dilma para comandar a Casa Civil, mas foi impedido de exercer a função pelo STF

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Em 2017, Lula foi condenado pelo então juiz Sergio Moro por lavagem de dinheiro e corrupção, resultado da Operação que ficou conhecida como Lava Jato. A sentença levou Lula à prisão até 2019, quando ele foi solto após o STF decidir que ele só deveria cumprir pena depois do trânsito em julgado da sentença

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Em 2021, o Supremo declarou que Sergio Moro foi parcial nos julgamentos e, consequentemente, todos os atos processuais foram anulados. Lula tornou-se elegível outra vez e, tempos depois, confirmou a intenção de se candidatar novamente ao Planalto

Reprodução

Reeleição de Pacheco

Outro assunto que estará na pauta da conversa é um eventual apoio do novo governo à reeleição de Pacheco para presidente do Senado. A previsão é de que o atual comandante da Casa enfrente uma forte concorrência da ala mais bolsonarista, que somarão, ao menos, 23 senadores – quase um terço da composição (27 senadores).

Nessa terça (8/11), em entrevista coletiva, o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, assegurou que o partido, dono da maior bancada do Senado no próximo ano, terá um candidato à presidência do Senado. “Nós queremos ter o presidente do Senado. Não é possível que o PL não tenha a presidência de uma das Casas”, disse, na ocasião.

O PL ainda discute com PP e Republicanos, aliados ao presidente Jair Bolsonaro, qual será o nome de consenso lançado à disputa. Para Valdemar, a favorita, hoje, é a ex-ministra Tereza Cristina (PP-MS). Entre os liberais, os nomes mais pacificados são de Eduardo Gomes (TO), atual líder do governo no Congresso Nacional, e do ex-ministro Rogério Marinho (RN).

Transição de governo

Lula chegou a Brasília na noite desta terça. O presidente eleito já tem gabinete montado no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), onde foram instaladas as salas da transição, mas ainda não começou a despachar no local.

Conforme a Secretaria-Geral da Presidência, o segundo andar do CCBB está pronto para receber os integrantes da equipe de transição. O prédio costuma ser utilizado nas transições de governo desde a passagem de cargo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) para o próprio Lula, em 2002.

O petista e Geraldo Alckmin terão um gabinete cada um. A estrutura do prédio ainda conta com:

  • quinze gabinetes para demais autoridades.
  • quatro salas de reuniões.
  • uma sala de coworking para 39 postos.
  • há 91 computadores instalados, com serviços de telefonia e impressoras.

A transição de governo é prevista em lei e em decreto. Cabe à Casa Civil coordenar a entrega de documentos à equipe do presidente eleito. Os nomes de até 50 dirigentes, de diversos setores, devem ser publicados no Diário Oficial da União. Todos os nomeados trabalham de forma remunerada até a posse, em 1º de janeiro de 2023, na preparação do novo mandato.

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