Após embate com o Banco do Brasil, Bolsonaro faz live de 5ª feira
Segundo fontes palacianas, presidente chegou a pedir demissão de André Brandão do BB, mas ministro Paulo Guedes tenta reverter situação
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) realiza na noite desta quinta-feira (14/1) a costumeira transmissão ao vivo pelas redes sociais, ao lado do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.
Veja na íntegra:
A live desta quinta ocorre em meio à situação delicada na qual se encontra o atual presidente do Branco do Brasil, André Brandão. O Metrópoles apurou que Bolsonaro não está satisfeito com o desempenho do executivo à frente da instituição e se irritou depois de o BB anunciar programas de demissão voluntária (leia mais abaixo).
Segundo fontes palacianas, Bolsonaro chegou a pedir a demissão do executivo ao ministro da Economia, Paulo Guedes. De acordo com essas mesmas fontes, ainda não houve um comunicado oficial de demissão porque Guedes busca reverter o cenário.
Brandão foi indicado pelo governo para assumir o comando do banco, em setembro de 2020, no lugar de Rubens Novaes. À época, fontes ouvidas pela reportagem relataram que Brandão tinha um perfil semelhante ao do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que conquistou “respeitabilidade” em Brasília e no mercado.
No início da semana, o Banco do Brasil anunciou dois programas de desligamento para cortar pelo menos 5 mil funcionários. Os programas são: Programa de Adequação de Quadros (PAQ), e Programa de Desligamento Extraordinário (PDE).
O objetivo, de acordo com a instituição, é “otimizar a distribuição da força de trabalho, equacionando as situações de vagas e excessos nas unidades do banco”.
Há estimativa de que cerca de 5 mil funcionários venham a aderir aos dois programas de desligamento. O número final de adesões e o respectivo impacto financeiro serão informados ao mercado após o encerramento dos períodos de adesão, em 5 de fevereiro.
O BB informa que as iniciativas têm regulamentos específicos que estabelecem as regras para adesão.
Em todo o país, serão desativadas 361 unidades — 112 agências, 7 escritórios e 242 postos de atendimento. Além disso, 243 agências serão transformadas em postos de atendimentos.
A economia líquida anual estimada com despesas administrativas gerada por esses movimentos é de R$ 353 milhões, em 2021, e R$ 2,7 bilhões, até 2025.