Após divergência sobre decreto das armas, Kajuru deixa o PSB
Após receber uma carta de Carlos Siqueira com um convite para deixar a sigla, o senador anunciou nas redes sociais que ficaria sem partido
atualizado
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O senador Jorge Kajuru aceitou o convite do dirigente nacional do PSB, Carlos Siqueira, para se desfiliar do partido. O político ficará sem sigla até o fim do mandato no Senado. A decisão foi tomada por conta de divergências relacionadas ao decreto das armas do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL).
Apesar de integrar um dos partidos opositores ao governo, Kajuru defende a posse de armas para civis — medida apresentada pelo chefe do Executivo. No Twitter, o congressista confirmou que deixaria o PSB. “Meu coração deseja me ver senador sem partido, para votar de acordo com a maioria que me elegeu”, declarou.
AMO O PSB E DEZENAS DE SEUS INTEGRANTES, EM ESPECIAL ELIAS VAZ E O PRESIDENTE SIQUEIRA.
TODAVIA MEU CORAÇÃO DESEJA ME VER SENADOR SEM PARTIDO, PARA PODER VOTAR DE ACORDO COM A MAIORIA DE QUEM ME ELEGEU E DO BRASIL!!! VAMOS CONVERSAR. pic.twitter.com/Uf9x4uKRqV— Senador Kajuru (@SenadorKajuru) 2 de julho de 2019
No mês passado, o político goiano enviou um projeto para substituir o decreto das armas e, na defesa do próprio parlamentar, seria bastante semelhante, apenas trazendo uma correção a respeito da letalidade das armas.
Carta
Na semana passada, o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, sugeriu a Kajuru que se desfiliasse do partido em função do apoio declarado ao decreto que flexibiliza o porte e a posse de armas de fogo no país.
Contrário à proposta do governo, o PSB ingressou no Supremo Tribunal Federal (STF), em abril, com Ação Direta de Inconstitucionalidade para suspender os efeitos do documento presidencial.
Kajuru disse nas últimas semanas que Siqueira teria lhe dado “independência”, fato desmentido pelo cacique socialista. “Jamais mantivemos conversa dessa natureza, razão pela qual fiquei extremamente surpreso com a afirmação em questão”, justificou em carta.