Nossa cloroquina chegou na China, diz Bolsonaro ao comemorar recomendação
Apesar da recomendação, Comissão Nacional de Saúde chinês rejeita a hidroxicloroquina, segundo jornal South China Morning Post
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) comemorou nesta quinta-feira (20/8) a notícia de que a Comissão Nacional de Saúde da China recomendou o uso de cloroquina no combate contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.
“A nossa cloroquina chegou na China. Vamos ver o que a grande mídia vai falar sobre isso aqui”, disse o presidente durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais.
Apesar de Bolsonaro defender a cloroquina, o medicamento não tem eficácia comprovada cientificamente contra a doença.
A comissão chinesa, no entanto, disse que “o uso de hidroxicloroquina, ou o uso combinado dela com azitromicina, não é recomendado”.
Em nota, o órgão de saúde ressaltou que “alguns medicamentos podem demonstrar um certo grau de eficácia para o tratamento em estudos de observação clínica, mas não existem medicamentos antivirais eficazes confirmados por ensaios clínicos duplo-cegos e controlados por placebo”.
De acordo com o jornal South China Morning Post, a China é o primeiro país a recomendar cloroquina no tratamento em pacientes infectados pelo novo coronavírus.
Ministros infectados
Durante a transmissão desta quinta, Bolsonaro disse que quase todos os seus ministros que tiveram Covid-19 tomaram cloroquina.
“Eu tomei, uns 10 ministros tomaram, quase todo mundo tomou. Eu acho que 100 servidores que servem nesse prédio [Palácio do Planalto] a grande maioria tomou”, declarou.
O presidente disse que houve “zero óbito” entre os servidores da Presidência que tomaram o remédio.
“Não tive conhecimento aqui de gente aqui, do nosso grupo aqui, que tenha sido baixado no hospital, UTI ou entubado… Não tive notícia. A maioria aqui tomou isso aqui com recomendação médica, para deixar bem claro”, continuou.
O governo tem 23 ministros, sendo que oito já tiveram Covid-19. São eles (por ordem de diagnóstico):
- Augusto Heleno, Gabinete de Segurança Institucional;
- Bento Albuquerque, Minas e Energia;
- Milton Ribeiro, Educação;
- Onyx Lorenzoni, Cidadania;
- Marcos Pontes, Ciência, Tecnologia e Inovações;
- Wagner Rosário, Controladoria-Geral da União;
- Braga Netto, Casa Civil; e
- Jorge Oliveira, Secretaria-Geral.
O presidente Jair Bolsonaro e a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, também já tiveram Covid-19. Bolsonaro foi diagnosticado com a doença em 7 de julho. No dia 25 de julho, o presidente disse que estava curado.