Após demissões, Lula nomeia 121 militares para cargos no GSI
Além dos 121 nomeados para o GSI, um militar vai ocupar cargo no Gabinete Pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
atualizado
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nomeou, na manhã desta segunda-feira (30/1), 122 militares para atuar na segurança presidencial. As medidas foram assinadas na última sexta-feira (27/1) e publicadas no Diário Oficial da União (DOU) nesta segunda.
Destes, 121 vão atuar no Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI), enquanto um militar ocupará posição no Gabinete Pessoal do Presidente da República, especificamente para a assessoria especial da Secretaria Extraordinária de Segurança Imediata do Presidente da República.
Para a Secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial do GSI, foram nomeados nove supervisores, 28 assistentes, 23 secretários e 60 especialistas. Para o escritório de representação da secretaria no Rio de Janeiro, um assistente foi nomeado.
Os atos são uma substituição dos militares que atuavam durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Na semana passada, o petista dispensou cerca de 80 agentes que trabalhavam no GSI.
Na segunda semana de mandato, o ministro da Defesa, José Múcio, enfatizou em pronunciamentos que havia uma desconfiança do presidente Lula em relação aos militares.
O chefe do Executivo, inclusive, chegou a demitir o comandante do Exército em razão das dúvidas que ficaram pela atuação da força no 8 de janeiro. No fatídico dia, bolsonaristas invadiram os prédios dos três Poderes: Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF).
No dia da troca, o chefe da Defesa enfatizou: “Estamos investindo na aproximação das Forças Armadas com o governo do presidente Lula. Evidentemente, depois dos recentes episódios, como o 8 de janeiro, os acampamentos, as relações no comando do Exercito sofreram uma fratura no nível de confiança”.