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Após decisão do DEM, Maia diz a aliados que avalia impeachment

Sigla a que pertence o presidente da Câmara anunciou, na noite de domingo, a saída do bloco de Baleia Rossi (MDB-SP), apoiado por Maia

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Bolsonaro e Maia1
1 de 1 Bolsonaro e Maia1 - Foto: Hugo Barreto/Metropoles

Irritado com a decisão do DEM de deixar o bloco de apoio a Baleia Rossi (MDB-SP), o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou a aliados no domingo (31/1) que pode acatar um dos pedidos de impeachment de Jair Bolsonaro (sem partido).

Segundo três pessoas próximas ao democrata, Maia afirmou que tem em mãos um parecer jurídico favorável ao processo e que pode ser usado por ele para embasar eventual decisão nesse sentido.

Baleia disputa nesta segunda-feira (1º/2) a eleição para a presidência da Câmara contra Arthur Lira (PP-AL), líder do Centrão – apoiado por Bolsonaro. Portanto, é o último dia de Maia no comando da Casa.

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Jair Bolsonaro e Rodrigo Maia
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Bolsonaro e Rodrigo Maia no Palácio da Alvorada
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Presidentes da República e da Câmara

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Em conversa na residência oficial do presidente da Câmara, Maia chegou a dizer inclusive que instalaria nesta segunda comissão que avaliaria se dá prosseguimento ou não ao processo de afastamento de Bolsonaro, com base em um dos pedidos protocolados até agora.

Cabe ao presidente da Câmara decidir, de forma monocrática, se há elementos jurídicos para dar sequência à tramitação do pedido. O impeachment só é autorizado a ser aberto com aval de pelo menos dois terços dos deputados (342 de 513), depois de votação em uma comissão especial.

Após a abertura, pelo Senado, o presidente é afastado do cargo.

Pressão

A oposição, que compõe o bloco de Baleia Rossi, começou a pressionar com mais força pelo impeachment depois que o DEM anunciou que ficará isento na disputa, o que deve garantir mais votos para Lira.

De acordo com a Folha, proposta de ficar isento na disputa partiu do presidente nacional da sigla, ACM Neto, e teve a anuência de nomes importantes na legenda, como o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, o ex-governador de Pernambuco Mendonça Filho e o ex-senador José Agripino.

A decisão foi comunicada na noite de domingo pelo próprio ACM Neto, que indicou que não tinha como garantir que a sigla apoiasse o emedebista. Segundo relatos, nesse momento Maia levantou-se, afirmou que entraria na Justiça, caso a sigla fosse para o grupo de Lira, e pontuou que Neto deveria se lembrar de que ele ainda tinha um dia inteiro de poder.

Ainda na reunião, líderes de partidos como PT e PDT ameaçaram sair do bloco que apoia Rodrigo Pacheco (DEM-MG) como candidato à presidência do Senado.

Apesar da ameaça, alguns deputados avaliam que Maia não poderia pautar o impeachment, porque a sessão de votação desta segunda é preparatória, e não ordinária.

As informações foram antecipadas pelo jornal Folha de S.Paulo.

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