Após debandada na Economia, Bolsonaro diz que Guedes segue no governo
Mais cedo, secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, e o secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt se demitiram
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou, na noite desta quinta-feira (21/10), que o ministro da Economia, Paulo Guedes, seguirá no cargo. O encontro acontecerá após uma debandada de secretários do governo, causada por desentendimentos sobre a possibilidade de furar o teto de gastos para acomodar o valor de R$ 400 para os beneficiários do Auxílio Brasil, programa que substituirá o Bolsa Família. Bolsonaro também disse que se encontrará com Guedes ainda nesta noite.
À CNN Brasil, o presidente afirmou que gostaria que o secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, e o secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt, permanecessem na equipe econômica e também defendeu a manutenção de Guedes. “Paulo Guedes continua no governo e o governo segue na política de reformas. Defendemos as reformas que estão andando no Congresso Nacional, esse é o objetivo”, disse.
Após Funchal e Bitterncourt, a secretária especial adjunta do Tesouro e Orçamento, Gildenora Dantas, e o secretário adjunto do Tesouro Nacional, Rafael Araújo, também pediram exoneração de seus cargos, por razões pessoais.
Além do desfalque na equipe econômica, outra demissão surpreendeu o mercado, a saída do secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, José Mauro Coelho.
Sobre o auxílio-diesel, anunciado mais cedo e mal recebido pelo mercado e pelos próprios representantes dos caminhoneiros, ele afirmou que “pior pode ficar, se o governo não fizer nada”.
Mais cedo, durante evento em Pernambuco, Bolsonaro anunciou a criação de uma auxílio para caminhoneiros autônomos. “Vamos atender os caminhoneiros autônomos. Os números [valores e impactos no orçamento] serão apresentados nos próximos dias”, adiantou Bolsonaro. O valor é estimado em R$ 400, a serem pagos mensalmente até dezembro de 2022.
O presidente ainda acrescentou que os auxílios Brasil e para os caminhoneiros, não apresentam risco para o teto. “Nada está fora do orçamento, tudo está sendo feito com responsabilidade”, afirmou.