Após críticas de Maia, Temer afaga o Congresso em busca de apoio
De olho na reforma da Previdência, presidente classifica como “extraordinária” a colaboração dos parlamentares à agenda do governo
atualizado
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Em um momento em que a reforma da Previdência é negociada com o Congresso Nacional, Michel Temer (PMDB) afagou os parlamentares nesta quarta-feira (15/11). Em visita a Itu (SP), o presidente classificou como “extraordinária” a colaboração dos congressistas às agendas do governo. O chefe do Executivo frisou a harmonia e o diálogo entre os poderes como princípios republicanos que, segundo ele, foram “colocados em ação” desde o primeiro dia de sua gestão.
As declarações de Temer vieram no dia seguinte às críticas do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), à tentativa do Planalto de jogar a responsabilidade pela aprovação da reforma da Previdência para o Congresso. “A responsabilidade é de todo mundo. É coletiva, do Executivo, do Legislativo, do Judiciário, da sociedade. Empurrar a responsabilidade não ajuda”, afirmou Maia.
Além de buscar um entendimento com os parlamentares, Michel Temer aproveitou a visita a Itu para comentar as pressões sofridas por sua gestão em 16 meses à frente do Planalto. “A caravana passou tranquilamente, mesmo com tentativas de paralisar nosso governo”.Temer foi ao interior paulista para entregar o título de cidadão ituano ao empresário e amigo José Eduardo Bandeira de Mello, de 78 anos, seu ex-sócio num escritório de advocacia na década de 1960. Acompanhado pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) e pelo ministro tucano Antonio Imbassahy, da Secretaria de Governo, Temer chegou de helicóptero e, após desembarcar no Quartel do Exército, seguiu para o prédio da prefeitura.
Um enorme aparato foi mobilizado para a rápida passagem do presidente pela cidade. Cerca de 150 homens do Exército protegeram o trajeto de 300 metros entre o quartel e a prefeitura. Viaturas da Guarda Municipal e da Polícia Militar bloquearam as ruas do entorno.
Um grupo de cerca de 20 pessoas ligadas ao PSol e ao Sindicato dos Metalúrgicos de Itu e Região protestou do lado de fora, com faixas, aos gritos de “fora Temer” e contra a reforma da Previdência.
O presidente deixou o local pouco antes do meio-dia, sem falar com a imprensa.
(Com informações da Agência Estado)