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Após caso João Beto, Senado aprova aumento de pena para crimes de racismo

Projeto entrou na pauta após o assassinato de João Alberto Silveira Freitas, homem negro espancado até a morte por seguranças no Carrefour

atualizado

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1 de 1 paulo-paim - Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

O plenário do Senado Federal aprovou nesta quarta-feira (25/11), por votação simbólica, o Projeto de Lei do Senado (PLP) 787/15, que altera o Código Penal Brasileiro para incluir a previsão de agravantes aos crimes praticados por motivo de racismo. O projeto segue para análise na Câmara dos Deputados.

O relator, senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), ampliou a mudança no Código Penal para que o agravante valha nos casos de discriminação por raça, cor, etnia, religião, procedência nacional ou orientação sexual.

Autor do projeto, senador Paulo Paim (PT-RS) afirmou que 0 racismo estrutural é uma realidade na sociedade brasileira, que precisa ser “debatida, resistida e denunciada”.

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Ele foi espancado até a morte em uma unidade do Carrefour, em Porto Alegre
Um vídeo mostra as agressões
Ele morreu ainda no local
João Alberto
Cenas do espancamento de João Beto
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João Beto caído no chão após as agressões

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Ele foi espancado até a morte em uma unidade do Carrefour, em Porto Alegre

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Um vídeo mostra as agressões

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Ele morreu ainda no local

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João Alberto

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Cenas do espancamento de João Beto

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Cenas do espancamento de João Beto

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Cenas do espancamento de João Beto

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Cenas do espancamento de João Beto

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Um desentendimento com funcionários do Carrefour teria motivado as agressões sofridas por João Alberto. Dois seguranças foram presos em flagrante

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A vítima foi atacada com vários socos e golpes, registrados em vídeos por pessoas que assistiam à cena de terror

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Cenas do espancamento de João Beto

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João Alberto foi morto no dia 19/11, véspera do Dia Nacional da Consciência Negra, ao ser espancado por dois seguranças de uma das filiais da rede Carrefour

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Dezenas de pessoas – entre amigos, familiares e militantes de movimentos negros – acompanharam o velório e o sepultamento de João Alberto Silveira Freitas

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Ele foi enterrado na manhã de 21/11, no Cemitério Municipal São João, zona norte de Porto Alegre

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“É uma hipocrisia dizer que não existe racismo no Brasil. Ele está no olhar, no gesto, no silêncio, no ódio, na agressão, na falta de dignidade, na fome, na pobreza, na miséria, no desemprego, nos presídios, nas favelas, na violência, na injustiça, no dia a dia. É preciso fazer o debate, resistir, denunciar, mostrar como essa maldita estrutura ainda aterroriza a nossa gente, a gente brasileira”, declarou ele, lembrando que desde 2015 tenta pautar a matéria.

O senador Fabiano Contarato (Rede-ES) sugeriu que o crime fosse estendido a todo o tipo de discriminação. Paim, todavia, frisou que gostaria que fosse registrado no projeto a palavra “crime de racismo”. Pacheco, então, acrescentou “orientação sexual” ao texto.

Caso João Alberto

O projeto não estava na pauta de votação desta quarta-feira, mas entrou de última hora após o assassinato de João Alberto Silveira Freitas, de 40 anos, homem negro espancado até a morte por seguranças no Carrefour, em Porto Alegre (RS), na noite da última quinta-feira (19), véspera do Dia da Consciência Negra.

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