Após Câmara enterrar voto impresso, Bolsonaro diz que continuará luta
Presidente afirmou também que, se perder a eleição, vai “entregar a faixa, desejar boa sorte e cuidar da minha vida”
atualizado
Compartilhar notícia
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse, nesta quinta-feira (12/8), ao defender o voto impresso, que vai continuar a luta, mas agora com “menos pressão”. “Vou continuar minha luta, com menos pressão, é lógico. Mas não podemos começar a eleição do ano que vem sob o manto da desconfiança”, assinalou, em entrevista à rádio Jovem Pan Maringá (PR).
A Câmara dos Deputados rejeitou, na noite da última terça-feira (10/8), a Proposta de Emenda à Constituição 135/19, a PEC do Voto Impresso. Foram 229 votos favoráveis, 218 contrários e uma abstenção. Eram necessários 308 votos para que a proposta avançasse.
“Por que que nós temos que concorrer nas eleições do ano que vem sob o manto da desconfiança? O que nós queremos? Eu quero eleições limpas, o voto democrático, a contagem pública dos votos”, disse Bolsonaro, ao voltar a disparar ataques ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso.
“Por que essa vontade enorme, esse trabalho enorme, do ministro Barroso, que é também o presidente do TSE, contrário ao voto impresso? Ele se reuniu com lideranças partidárias e, logo depois da reunião, essas lideranças, a maioria delas que eram favorável ao voto impresso, mudaram de lado. O que foi oferecido pra eles? O que aconteceu?”, questionou.
O mandatário da República disse também que gostaria que o Parlamento e alguns ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do TSE ouvissem o povo.
“Sempre me acusaram de ditador, de torturador, de um montão de coisa, e, que quando assumisse, eu ia dar um golpe. Nada disso aconteceu. Nós continuamos jogando dentro das quatro linhas da Constituição. Eu quero, se perder a eleição, entregar a faixa, desejar boa sorte e cuidar da minha vida”, prosseguiu, ao reforçar que não tem provas sobre fraudes nas urnas eletrônicas.