Após Blumenau, deputada quer força tarefa da PF e CPI sobre ataques
Nesta quarta-feira, um ataque violento promovido por um homem deixou quatro crianças mortas e outras feridas numa creche em Blumenau (SC)
atualizado
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Após o ataque a uma creche de Blumenau (SC) que deixou quatro crianças mortas, a deputada Luciene Cavalcante (PSOL-SP) enviou nesta quarta-feira (5/5) ao Ministério da Justiça um ofício no qual pede a articulação de um grupo de trabalho contra ataques violentos a escolas. A deputada também começou a recolher assinaturas para instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o assunto.
O grupo de trabalho proposto pela deputada seria formado junto à Polícia Federal (PF), que ainda não possui órgão específico para identificar casos e grupos online. Os pedidos acontecem após, na manhã desta quarta, um homem invadir e matar quatro crianças numa creche na cidade catarinense. As vítimas teriam entre três e sete anos. Outras quatro pessoas ficaram feridas.
Diante do caso, a parlamentar solicita ao ministério comandado por Flávio Dino informações referentes às ações em conjunto com a Polícia Federal voltadas à investigação e prevenção de discursos de ódio de extremistas de direita, disseminadas pela internet a fim de prevenir e evitar futuros casos de ataques à comunidade escolar.
Dessa forma, é solicitada a criação de uma força-tarefa específica para o combate aos ataques às escolas. Somente neste ano, foram registrados dois ataques com mortes: em São Paulo (SP) e Blumenau (SC), com um e quatro vítimas, respectivamente. Em Monte Mor, também em 2023, um jovem com uma suástica no braço jogou bombas contra uma escola, mas não deixou feridos.
Ela cita o relatório O extremismo de direita entre adolescentes e jovens no Brasil: ataques às escolas e alternativas para a ação governamental, que aponta como uma causas dos ataques a disseminação via internet de discursos de ódio de extremistas de direita e jogos online.