Após baixar o tom, Bolsonaro volta a criticar governadores
Presidente compartilhou vídeo em redes sociais e reclamou da paralisação das atividades no país
atualizado
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Menos de 24 horas após baixar o tom em pronunciamento em rede nacional, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a atacar governadores e prefeitos que estão promovendo o distanciamento social como forma de combater a disseminação do novo coronavírus.
Bolsonaro foi às redes sociais logo no início da manhã desta quarta-feira (01/04) e compartilhou um vídeo de um trabalhador que reclama da falta de movimento no Ceasa de Belo Horizonte (MG).
“A culpa disso aqui é dos governadores. Porque o presidente da República está brigando incessantemente para que haja uma paralisação responsável”, explicou o autor do vídeo-selfie.
Já no fim, o homem alega, sem citar nomes, que os governadores estão “querendo ganhar nome e projeção política às custas do sofrimento da população”.
Ao compartilhar o vídeo, Bolsonaro disse que fatos e realidades devem ser mostrados e que não interessa apontar os culpados só depois da destruição.
“Não é um desentendimento entre o presidente e alguns governadores e alguns prefeitos”, escreveu Bolsonaro. Veja, a seguir, a postagem original, compartilhada no perfil do próprio presidente.
– Não é um desentendimento entre o Presidente e ALGUNS governadores e ALGUNS prefeitos..
– São fatos e realidades que devem ser mostradas.
– Depois da destruição não interessa mostrar culpados. pic.twitter.com/H0ZwUb4Gl4— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) April 1, 2020
Pronunciamento
O presidente Jair Bolsonaro disse nessa terça-feira (31/03), durante pronunciamento em rede nacional, que o governo tem uma missão durante a pandemia do coronavírus: “Salvar vidas sem deixar para trás os empregos”.
Bolsonaro apresentou um tom mais moderado em comparação ao último discurso em rede nacional, quando chamou a pandemia de “resfriadinho” e “gripezinha”. Na ocasião, ele pregou o fim do que chamou de “confinamento em massa”.
Agora, chamou a atual crise de “maior desafio” dessa geração. “O Brasil avançou muito nesses 15 meses, mas agora estamos diante do maior desafio da nossa geração”, afirmou.