Após ato pró-Bolsonaro, CPI pedirá informações à prefeitura do Rio
Vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou que a comissão vai cobrar respostas sobre a aglomeração
atualizado
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A participação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em um passeio motociclístico no Rio de Janeiro será alvo de questionamento da CPI da Covid.
Neste domingo (23/5), o vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou que a comissão vai pedir informações ao governo e à prefeitura do Rio de Janeiro sobre a aglomeração provocada por Bolsonaro.
“Vamos pedir informações do governo do estado do Rio e da prefeitura se houve autorização para este evento de hoje. Se não houve, cobraremos quais as providências serão tomadas para responsabilizar o presidente da República por conta da clara infração à ordem sanitária”, disse Randolfe.
Um decreto da Prefeitura do Rio mantém proibida a realização de eventos em áreas públicas. A medida vale até o dia 31 de maio. O uso de máscara é obrigatório no Rio. Na semana passada, Bolsonaro foi multado pelo governo do Maranhão por provocar aglomerações e não usar máscara em meio à pandemia.
Na manhã deste domingo, Bolsonaro participou do passeio de moto na capital do estado. Sem máscara, o presidente também subiu em um carro de som para discursar e provocou aglomeração entre apoiadores.
Outro integrante da CPI criticou a atitude do presidente. O senador Rogério Carvalho (PT-SE) classificou o passeio como criminoso.
“Em comunicado de emergência, gestores do SUS alertam Bolsonaro para a chegada da 3° onda de mortes pela Covid. Uma fase mais cruel e mortal. O que Bolsonaro faz? Aglomera, não usa máscara e pior, seus apoiadores tampam alertas sanitários contra a Covid-19. Criminoso!!!”, escreveu o parlamentar.
Até a última atualização desta reportagem, a Prefeitura do Rio de Janeiro e a Secretaria Municipal de Saúde não haviam comentado o fato. O espaço continua aberto a esclarecimentos.