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Após ata do Copom, Senado chama Campos Neto para falar sobre juros

Por se tratar de convite, Campos Neto não é obrigado a comparecer. Parlamentares pressionam Banco Central devido ao atual patamar dos juros

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Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, comparece a audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), no Senado Federal
1 de 1 Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, comparece a audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), no Senado Federal - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal aprovou nesta terça-feira (27/6) um requerimento de convite ao presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, para falar sobre a taxa básica de juros, a Selic.

Em ata divulgada nesta terça, o BC explicou que o processo de desinflação no Brasil teve velocidade maior em um estágio inicial, mas, neste momento, vem ocorrendo de forma mais lenta, o que demanda “serenidade e paciência na condução da política monetária”.

Por se tratar de convite, Campos Neto não é obrigado a comparecer. O requerimento é de autoria do senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), líder do governo no Congresso.

“Não podemos mais ficar parados vendo esses juros frearem o desenvolvimento do país”, declarou Randolfe ao apresentar o requerimento de convite.

A mobilização de Randolfe ocorre dias após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter a taxa básica de juros em 13,75% ao ano. Alvo de uma série de críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de integrantes do governo, Campos Neto tem mandato até 2024 na presidência do BC.

Nesta terça, Lula voltou a criticar a taxa de juros do país e o presidente do BC, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Há uma média, não sei o total, de 10% de juros ao ano. É caro. É muito caro. Esse juros poderia ser mais barato. Mas é que tem um cidadão do Banco Central, que a gente não sabe quem pôs ele lá, que faz o juros ser 13,75%”, criticou Lula.

Mais cedo, também nesta terça, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, que é ex-senadora pelo MDB de Mato Grosso do Sul, falou em convocação de Campos Neto caso não venha um corte nos juros em agosto, como é esperado pelo mercado e pelo próprio governo.

“Me despindo aqui dois minutos da minha função de ministra e voltando ao momento em que fui senadora, eu num caso desses, sem dúvida nenhuma, convocaria o presidente do Banco Central. Mas não acredito que vai ser necessário”, disse ela.

Diferentemente do que ocorre com um convite, no caso de uma convocação, a autoridade é obrigada a comparecer à Casa legislativa para prestar esclarecimentos aos parlamentares.

Selic

O índice de 13,75% ao ano da Selic foi fixado nesse patamar pela primeira vez em junho de 2022. Desde então, manteve-se em sete decisões do Copom – a oitava, ocorreu na última quarta-feira (21/6).

O ciclo de aperto monetário executado pelo órgão do BC começou em março de 2021, quando a taxa passou de 2% para 2,75% ao ano. Ou seja, ele já dura dois anos e três meses.

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