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Após aliança com governo, Centrão tem poder sobre R$ 66,5 bi do Orçamento

O presidente Jair Bolsonaro entregou postos estratégicos para indicados de caciques políticos do bloco em troca de apoio no Congresso

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1 de 1 camara dos deputados - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Apesar de a promessa de campanha ter sido nunca ceder às alianças com parlamentares da “velha política”, o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), loteou cargos do segundo e terceiro escalão de várias pastas a indicados por caciques políticos do Centrão. Até o momento, os recém- nomeados têm poder sobre, ao menos, R$ 66,5 bilhões do Orçamento da União, segundo dados do Portal da Transparência.

Compõem o bloco os partidos PP, PL, Republicanos, Avante, PRB, Patriota, PSC,PTB, PSD e Pros. O Executivo entregou cadeiras estratégicas para as siglas em troca de apoio no Congresso Nacional em meio ao desgaste em que vive Bolsonaro.

O posto com a maior previsão orçamentária destinada ao bloco é o comando do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, que administra R$ 54 bilhões. Já foram indicadas duas pessoas – uma do PP e outra do PL (essa sob a benção do presidente da sigla, Waldemar Costa Neto, condenado no mensalão).

Na última segunda (01/06), o ministro da Casa Civil, Walter Braga Netto, assinou a nomeação de Marcelo Lopes da Ponte para a presidência do FNDE, com salário de R$ 16.944,90. Ele era chefe de gabinete do senador Ciro Nogueira (PP-PI). Dias antes, em 18 de maio, um assessor técnico da liderança do PL na Câmara, Garigham Amarante, havia sido nomeado para a diretoria de Ações Educacionais do FNDE.

O bloco conseguiu emplacar, ainda, o secretário nacional de Mobilidade e Desenvolvimento Regional e Urbano, do Ministério do Desenvolvimento Regional, cujo orçamento é de R$ 8,2 bilhões.

Indicação do Republicanos, o advogado Thiago Queiroz já foi denunciado pelo Ministério Público no início de 2019, por irregularidades em contratos do Ministério da Saúde, onde trabalhou durante o governo do ex-presidente Michel Temer (MDB).

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Bolsonaro quando sofreu o atentado, em 2018
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Saneamento básico
Outra indicação do Centrão foi para a Fundação Nacional de Saúde (Funasa). O presidente do PSD, Gilberto Kassab, colocou o comandante da Polícia Militar de Minas Gerais, Giovanne Gomes da Silva, como presidente do órgão. Só da Funasa, o Centrão já tem poder sobre cerca de R$ 3,1 bi do Orçamento público.

Sobretudo em ano de eleição, o órgão é cobiçado entre políticos por ser responsável por ações de saneamento básico e prevenção de doenças relacionadas à falta de esgoto e água potável.

Kassab também emplacou um aliado no Instituto Nacional de Tecnologia e Informação (ITI). Carlos Roberto Fortner foi nomeado diretor-presidente do instituto na última quarta (03/04).  A pasta acumula, segundo o Portal da Transparência do governo federal, R$ 43 milhões previstos para este ano.

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