Após acordo, senadores aprovam recuperação fiscal dos estados
A aprovação representa um alívio para os estados em calamidade fiscal, como o Rio de Janeiro
atualizado
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Senadores aprovaram por 56 votos a 9 o projeto que cria o Regime de Recuperação Fiscal dos Estados e Distrito Federal (RRF) na noite desta quarta-feira, 17. Parlamentares rejeitaram todos os destaques ao texto, que agora vai à sanção presidencial. A aprovação representa um alívio para os Estados em calamidade fiscal, como o Rio de Janeiro.
A proposta foi posta em pauta e aprovada em cerca de uma hora de discussão após negociação para que outro projeto, que trata da convalidação de incentivos fiscais, fosse colocado em votação na Câmara dos Deputados. Esta segunda proposta atende Estados que não serão beneficiados pelo regime de recuperação fiscal.
Os senadores haviam acabado de aprovar requerimento de urgência para tramitação do socorro aos Estados, mas a data de votação havia ficado incerta. Isso porque o senador Ronaldo Caiado (GO), como líder do DEM, se opôs à votação imediata e pediu o cumprimento estrito do regimento, que determinaria início da votação apenas na semana seguinte. A sessão é acompanhada pelo governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, um dos mais interessados no socorro fiscal.
Caiado articulava pela votação da convalidação de benefícios fiscais na Câmara. O senador já havia se reunido previamente com os presidentes do Senado e da Câmara. Goiás, Estado de representatividade do senador, é um dos mais beneficiados com a matéria.
Recuperação Fiscal
O projeto suspende o pagamento das dívidas estaduais com a União por três anos, prorrogáveis por mais três, desde que sejam adotadas contrapartidas com medidas de ajuste fiscal.
O projeto foi enviado ao Congresso pelo Palácio do Planalto em fevereiro. Desde então, o governo vem articulando para aprovar a proposta, que pode atender aos estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.
No fim do ano passado, um projeto que também tratava de dívidas estaduais foi aprovado, mas acabou parcialmente vetado pelo presidente Michel Temer, porque, ao passar pela Câmara, contrapartidas foram retiradas do projeto.