Após ação da PF, presidente da Funasa diz não ter “receio algum”
Ronaldo Nogueira foi ministro do Trabalho no governo Michel Temer. Desvios de até R$ 50 milhões na pasta são investigados pela polícia
atualizado
Compartilhar notícia
Ronaldo Nogueira, atual presidente da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), foi um dos alvos da Operação Gaveteiro da Polícia Federal, que investiga supostos desvios no Ministério do Trabalho durante o governo de Michel Temer (MDB). Nogueira era o titular da pasta na época e divulgou no início da noite desta quinta-feira (06/02/2020) uma nota alegando inocência.
“Em relação à notícia divulgada no dia de hoje, envolvendo meu nome, informo não ter receio algum da apuração dos fatos. Meu advogado está tomando ciência do processo com toda a serenidade que o momento exige. Tenho o maior interesse no esclarecimento dos fatos e, desde já, coloco-me à disposição para prestar todos os esclarecimentos necessários às autoridades responsáveis”, diz o comunicado.
A PF investiga possíveis irregularidades na contratação de uma empresa de tecnologia da informação (TI) em Brasília e cinco estados.
Além do atual presidente da Funasa, também foi alvo da operação Pablo Tatim, ex-assessor do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.
No âmbito da operação, a Justiça Federal determinou o bloqueio do valor aproximado de até R$ 76 milhões nas contas dos investigados. Foram concedidas ainda medidas cautelares proibindo-os de se ausentar do país.
As investigações, iniciadas em razão de relatório da Controladoria-Geral da União (CGU), apontam que a contratação da empresa foi apenas o subterfúgio usado pela organização criminosa que atuava no Ministério do Trabalho para desviar, entre 2016 e 2018, mais de R$ 50 milhões.