metropoles.com

Após ação da AGU, Gleisi Hoffmann defende “reaver” a Eletrobras

Fala de Gleisi vem depois de ação da AGU para assegurar direito da União a voto proporcional à sua participação societária na Eletrobras

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Aline Massuca/Metrópoles
Logomarca da Eletrobras - Metrópoles
1 de 1 Logomarca da Eletrobras - Metrópoles - Foto: Aline Massuca/Metrópoles

A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), usou as redes sociais nesta segunda-feira (8/5) para criticar a privatização da Eletrobras e defender que o governo precisa reaver a empresa.

O governo Lula tem manifestado a intenção de contestar a privatização da companhia. A Advocacia-Geral da União (AGU) ajuizou, na última sexta-feira (5/5), uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) com pedido liminar para que a Corte declare parcialmente inconstitucionais dispositivos da Lei de Desestatização da Eletrobras, aprovada pelo Congresso em 2021.

O documento, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pelo advogado-geral da União, Jorge Messias, pede à Suprema Corte que mude a parte da regra que proíbe acionista ou grupo de acionistas de exercerem votos em número superior a 10% da quantidade de ações do capital votante da empresa.

O movimento do governo federal foi criticado pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em agenda na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) nesta segunda. Pacheco disse ser necessário “aceitar essa realidade”.

No domingo (7/5), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que a intenção do governo federal de questionar a privatização da Eletrobras traz “uma preocupação muito forte”.

Lula criticou privatização

Em coletiva de imprensa em Londres, no último sábado (6/5), após participar da coroação do rei Charles III, Lula disse: “Não entrei contra a privatização, ainda pretendo entrar”. O petista criticou o percentual de votos do governo e também o aumento nos salários dos conselheiros.

Em fevereiro, o presidente da República havia criticado o processo de desestatização e definiu o contrato como “errático”, “lesa-pátria” e “quase que uma bandidagem”.

Modelo de capitalização

Na ação enviada ao STF e assinada pelo presidente Lula, o governo questiona partes da lei da desestatização da Eletrobras que tratam sobre o poder de voto dos acionistas. O governo entende que a lei diminuiu irregularmente o peso dos votos a que teria direito.

A privatização da Eletrobras foi feita durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), por meio de uma medida provisória editada pelo então presidente e aprovada pelo Congresso Nacional em junho de 2021.

O texto aprovado pelos parlamentares e depois sancionado por Bolsonaro determinou que o modelo de privatização da Eletrobras fosse o de capitalização, no qual são emitidas ações de modo a diminuir a participação da União no controle da empresa.

Antes da privatização, o governo tinha 60% das ações da empresa. Com a capitalização, esse percentual caiu para pouco mais de 40%. O objetivo alegado pelo governo Bolsonaro era tornar o setor mais eficiente.

Com a desestatização, porém, a proporção de votos do governo foi limitada a 10%, assim como ocorreu com outros acionistas, ainda que tivessem um maior número de ações ordinárias. O mecanismo foi incluído na lei de privatização para evitar que um grupo privado, por exemplo, assumisse o controle da empresa.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?