“Fora Dilma, Temer e STF”: veja os gritos dos apoiadores de Bolsonaro
Em frente ao Planalto, eles também elogiam a comunicação por meio das redes e gritam: Facebook e Whatsapp
atualizado
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O que tem em comum o senador Renan Calheiros (MDB-AL), os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, Marco Aurélio Mello e Ricardo Lewandowsky; a ex-presidente Dilma Rousseff, o presidente Michel Temer e o PT? Todos são alvo dos gritos de “fora” dos apoiadores de Bolsonaro, que começaram a se concentrar na manhã desta terça-feira (1º/1) em frente ao Palácio do Planalto, onde Bolsonaro deverá discursar, à tarde, após ser empossado.
Além das manifestações contrárias a esses e outros personagens da política e do Judiciário, os apoiadores do presidente eleito passaram a manhã relembrando cenas da campanha, além de exaltarem a estratégia de comunicação do presidente eleito. Em determinado momento, passaram a gritar em exaltação: “Facebook, facebook, whatsapp, whatsapp…”
A maior parte dos apoiadores é formada de pessoas engajadas pelos vários movimentos de direita que se espalharam pelos estados e se organizaram por cerca de dois anos antes da campanha à Presidência.
De acordo com o estudante de Direito, Leonardo Tote, 22 anos, que atuou na campanha de Bolsonaro no Ceará e que participa da posse após 30 horas de ônibus de Fortaleza a Brasília, a posse de armas foi o principal argumento para convencer pessoas de seu estado, um reduto petista, a votarem em Bolsonaro.
Mesmo que o Nordeste tenha melhorado, ainda há muita coisa ruim por lá. A questão da segurança e uma delas. Há roubo de gado, assaltos na área rural. A possibilidade de se ter uma arma é muito importante para que a pessoa possa se proteger e proteger a família e seus bens.
Leonardo é responsável pelo movimento Endireita Fortaleza. Segundo ele, o “passado limpo de Bolsonaro” é que o motiva a se engajar na defesa do presidente. Ele diz que se ficar comprovado que houve algum ato de corrupção por parte de Bolsonaro, o grupo vai se manifestar para tirá-lo do poder.
Já em relação a possíveis atos de corrupção por parte de ministros escolhidos por Bolsonaro, ele diz que muitos não são do agrado do movimento. “Um deles é o Onyx”. “Ninguém gosta muito dele, mas a gente sabe que existe arranjos políticos e que por isso ele ainda está no governo”.
Quanto ao caso envolvendo o ex-motorista Fabrício Queiroz, ligado à família Bolsonaro, apontado pelo Coaf com “movimentações atípicas” que somam R$ 1,2 milhão, ele diz que o caso tem que ser explicado, não por Bolsonaro, mas pelo próprio Queiroz. “Ele é um frouxo. Tem que chegar e falar loco o que aconteceu”, enfatizou.