Aparições públicas do ministro do Esporte caem após prisão de Picciani
Na semana das prisões, agenda do titular do Turismo no governo federal não aponta qualquer compromisso
atualizado
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Desde que o Ministério Público Federal (MPF) pediu a prisão do deputado estadual Jorge Picciani (PMDB-RJ) e de um de seus filhos, o empresário Felipe Picciani, no último dia 14, os eventos públicos praticamente desapareceram da agenda de Leonardo Picciani. Os holofotes da Justiça sobre a família são um marco na agenda do Ministério do Esporte. A informação é do jornal O Globo.
Segundo a reportagem, desde então, o ministro do Esporte passou 16 dias sem aparições públicas. Na semana das prisões, sua agenda não aponta qualquer compromisso. O restante do mês de novembro foi de despachos e reuniões internas, além de encontros com aliados.
De acordo com o texto, curioso é que, antes dos episódios envolvendo seu pai e o irmão, a agenda de Picciani seguia em ritmo acelerado. Na primeira quinzena de novembro, o ministro do Esporte foi a seis eventos públicos, além de ter concedido duas entrevistas à imprensa.
Esta semana, quem representou a pasta publicamente foi o secretário Nacional de Alto Rendimento, Rogério Sampaio. Na terça (5/12), ele esteve no lançamento da edição de 2018 do Rio Open. Na quinta (7), marcou presença na cerimônia do prêmio Sou do Esporte. Já nesta sexta (8), visitou o Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes (Cefan), gerido pela Marinha, também no Rio.
O Globo revela que, no próximo dia 18, Picciani entrará de férias e só voltará às suas funções no ministério em 16 de janeiro. O período de descanso do ministro já foi autorizado pelo presidente Michel Temer e publicado no Diário Oficial.
Seu pai, Jorge Picciani, é suspeito de receber propina para defender interesses de empresários dentro da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), que presidia. Ele chegou a ser solto após votação polêmica na Casa, mas voltou ao cárcere no último dia 21. Além de Jorge Picciani, estão presos os deputados Paulo Melo e Edson Albertassi, ambos também do PMDB-RJ, e mais 16 acusados. Entre eles, Felipe Picciani.