Bolsonaro diz que não vai intervir militarmente na Venezuela
Declaração foi dada ao Washington Post, dos EUA, antes do presidente deixar Davos, na Suíça, e regressar ao Brasil
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (PSL) não pretende fazer o Brasil embarcar em uma intervenção militar na Venezuela, mas acredita que o posicionamento do país – que disse não reconhecer o novo mandato de Nicolás Maduro – pode ajudar na mudança de regime do vizinho latino-americano. Em entrevista ao Washington Post, o presidente admitiu ainda que a reforma da Previdência é impopular, mas que, caso não passe no Congresso, pode ocorrer um colapso econômico.
“Nós não embarcaremos o Brasil numa intervenção militar. Não temos história de buscar intervenções militares para resolver problemas”, afirmou Bolsonaro na entrevista, ao ser questionado sobre se estaria disposto a utilizar tropas brasileiras para apoiar uma mudança de regime na Venezuela.
Em relação a como a mudança se daria no país vizinho, Bolsonaro declarou que a sinalização do Brasil de que não aceita a reeleição de Maduro pode ajudar nesse processo. “Acredito que sim. Nossa inteligência indica que há um nível substancial de insatisfação entre os militares na Venezuela”, disse.