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Ao TSE, PP e Republicanos dizem que não concordam com PL sobre urnas

No documento, as siglas argumentam que Valdemar Costa Neto agiu de “maneira isolada” e que “não foram consultados” sobre a ação no TSE

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Presidente do PL, Valdemar Costa Neto, fala ao telefone após de imprensa eleições 2022 - Metrópoles
1 de 1 Presidente do PL, Valdemar Costa Neto, fala ao telefone após de imprensa eleições 2022 - Metrópoles - Foto: Breno Esaki/Especial Metrópoles

O Partido Progressistas (PP) e o Republicanos protocolaram no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um pedido para que sejam excluídos do processo que condenou a Coligação com o Partido Liberal (PL) ao pagamento de R$ 22,9 milhões por litigância de má-fé. No documento, as siglas argumentam que não têm nenhuma ligação com o movimento de contestação das urnas.

“Os partidos PP e Republicanos, apesar de coligados com o PL, jamais foram consultados sobre o ajuizamento da presente representação”, argumentam as siglas.

Na peça enviada ao TSE na noite dessa quinta-feira (24/11), os partidos também informam que “não foram convocados para a reunião extraordinária realizada pela Comissão Executiva Nacional do Partido Liberal – PL que elegeu como presidente da Coligação o sr. Valdemar Costa Neto”. Ou seja, a legenda teria indicado “unilateralmente um representante sem a aprovação dos demais partidos”.

Apesar de integrarem a base de apoio à candidatura à reeleição de Jair Bolsonaro (PL), as duas legendas frisaram que “reconheceram publicamente a vitória” do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições 2022. Nessa quinta-feira (24/11), eles adiantaram à reportagem que iriam recorrer da decisão.

Ao Metrópoles, o presidente interino do PP, deputado Cláudio Cajado (BA), questionou a multa aplicada. “O presidente Valdemar entrou [com a ação] em nome da Coligação , mas não tivemos nenhuma participação nesse processo, sequer fomos intimados ou citados e como podemos ser penalizados?”.

“O valor da causa aqui seria inestimável, quando a multa poderia ser fixada em até 10 (dez) vezes o valor do salário-mínimo (art. 81, § 3º do CPC); outra coisa seria que a ata de eleição do representante da Coligação não pode ser um cheque em branco. Os poderes do representante só valem até a eleição – as eleições já terminaram e o resultado foi admitido pelos presidentes dos partidos”, completou.

Contestação dos resultados

Na terça-feira (22/11), o PL entrou com ação na Justiça Eleitoral, na qual alegou “mau funcionamento das urnas [antigas] com potencial para macular o segundo turno das eleições presidenciais de 2022”.

O partido alegou “desconformidades irreparáveis no funcionamento de 279.336 urnas”. Pediu ainda que os votos contidos nesses equipamentos fossem desconsiderados, o que daria a vitória de Jair Bolsonaro, com 51% dos votos válidos.

A ação protocolada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) está em nome de toda a coligação de Bolsonaro, da qual PP e Republicanos fazem parte. Alexandre de Moraes, presidente do TSE, determinou a aplicação de multa de R$ 22.991.544,60 por litigância de má-fé e, enquanto ela não fosse paga, o bloqueio das contas das três legendas.

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