Ao todo, 42 políticos aparecem nas megadelações da JBS e Odebrecht
Entre os destaques, estão Guido Mantega, Sérgio Cabral e o tucano Aécio Neves
atualizado
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Nomes de 42 nomes políticos se repetem nas duas principais delações reveladas pela Justiça até agora: a da Odebrecht e a do grupo JBS. De acordo com o jornal o Estado de S. Paulo, na lista dos citados estão ministros, ex-ministros, governadores e ex-governadores, além do presidente Michel Temer e dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Em conjunto, eles teriam se beneficiado com cerca de R$ 1,2 bilhão em propinas e contribuições oficiais de campanha.
Entre os destaques, estão o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, mencionado nas duas delações; na sequência vem o ex-governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral (PMDB), além do tucano Aécio Neves, senador afastado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).Os depoimentos em que Mantega é citado o relacionam a quase R$ 450 milhões. Já Sergio Cabral (PMDB/RJ) teria recebido cerca de R$ 125 milhões, sendo R$ 98 milhões da Odebrecht. E Aécio teria sido associado ao recebimento de cerca de R$ 96 milhões.
Segundo a reportagem, o nome de Mantega apareceu envolvido em supostos crimes no relato de Marcelo Odebrecht, ex-presidente da empreiteira. O ex-ministro teria “azeitado” um esquema para garantir que a Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, aprovasse a compra de uma torre comercial e shopping center em São Paulo, da Odebrecht Realizações. O negócio foi fechado em 2012. Já de acordo com o relato de Joesley Batista, um dos donos da JBS, o ex-ministro teria operado em nome de Lula e Dilma em contas no exterior.
O ex-governador de Minas Gerais e ex-candidato à Presidência da República Aécio Neves teve cinco inquéritos abertos no STF com base nos depoimentos dos executivos da Odebrecht. Na delação da JBS, Aécio aparece em uma gravação, feita por Joesley, na qual pediu R$ 2 milhões para pagar advogados em processos da Lava Jato. Ao decidir quem buscaria o dinheiro, o senador afirma: “Tem que ser um que a gente mata ele antes de fazer delação”.