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Ao lado de ministros e Maia, Temer se cala sobre segunda denúncia

O presidente participou, nesta sexta (15/9), de evento no Rio de Janeiro, ao lado de seus fieis escudeiros e longe da imprensa

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MICHEL TEMER
1 de 1 MICHEL TEMER - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Um dia após ser alvo da segunda denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), o presidente Michel Temer (PMDB-SP) participou, nesta sexta-feira (15/9), de evento no Rio de Janeiro, ao lado de seus fieis escudeiros e longe da imprensa. O peemedebista não comentou o acusação formal.

Os jornalistas não tiveram acesso ao local da cerimônia de inauguração do centro de radiocirurgia do Instituto Estadual do Cérebro, onde estavam reunidos os ministros Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência), Ricardo Barros (Saúde) e Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo); o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e seu pai, o vereador Cesar Maia; e o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB).

Barros (PP) defendeu Temer ao comentar a nova denúncia por organização criminosa e obstrução da Justiça apresentada contra o presidente e outros ministros de governo na quinta-feira (14), pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

O chefe da pasta afirmou que a denúncia não interfere nem paralisa o governo. “As questões jurídicas ficam para o Judiciário”, afirmou Barros a jornalistas, após a cerimônia. “Estamos governando plenamente. Essas questões não interferirão na determinação do presidente Temer de entregar um País melhor do que recebeu”, declarou.

O vereador e ex-prefeito Cesar Maia (DEM), pai de Rodrigo Maia, também participou da cerimônia entre as autoridades. Em seu discurso, Temer não fez menção à nova denúncia de Janot.

Inquérito
Além da segunda denúncia apresentada por Janot, o presidente da República passou a ser alvo de uma nova investigação no Supremo Tribunal Federal (STF), após o ministro Luís Roberto Barroso decidir pela abertura de inquérito contra Temer para apurar fatos relacionados ao Decreto dos Portos, editado em maio deste ano. A apuração se dará sobre possíveis crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e corrupção passiva.

A necessidade de uma investigação sobre a edição do Decreto dos Portos foi inicialmente apontada pelo procurador em junho, quando a PGR enviou ao Tribunal a denúncia contra o Temer por corrupção passiva. Analisando o que foi informado pela PGR, Barroso disse que há “elementos suficientes para instauração e inquérito”.

As suspeitas sobre o presidente da República em torno da edição do Decreto dos Portos surgiram a partir de uma conversa de pouco mais de 2 minutos com o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), ex-assessor especial de Temer, interceptada pela Polícia Federal em 4 de maio. Loures estava grampeado.

O ex-parlamentar tentava saber sobre a assinatura do Decreto dos Portos e Temer informou o parlamentar que iria assinar o decreto na outra semana.

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