Nelson Teich nomeia novos auxiliares e militariza Ministério da Saúde
Só nesta quarta-feira (06/05) foram publicadas as nomeações de cinco militares das Forças Armadas para a pasta, antes comandada por Mandetta
atualizado
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Com a saída de Luiz Henrique Mandetta e a chegada do general Eduardo Pazuello (foto em destaque), novo secretário-executivo, o Ministério da Saúde sofre agora um processo de militarização em meio à pandemia do novo coronavírus.
Somente nesta quarta-feira (06/05), o atual ministro da Saúde, Nelson Teich, empossou acinco militares na pasta. As nomeações foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU).
Veja as trocas:
- Coordenação-Geral de Execução Orçamentária e Financeira: entra a terceiro-sargento Emanuella Almeida Silva. Ela trabalhava no Comando do Exército, do Ministério da Defesa. Sai José Ribamar Araújo FIlho (veja aqui a portaria);
- Coordenação-Geral de Planejamento: entra o tenente-coronel Paulo Guilherme Ribeiro Fernandes. Trabalhava no Comando do Exército, do Ministério da Defesa. Sai Marcos Moreira (veja aqui a portaria);
- Direção de Programa: entra o tenente-coronel Jorge Luiz Kormann. Sai Francisco Daly Schneider Bernd (veja aqui a portaria);
- Direção do Departamento de Gestão Interfederativa e Participativa: entra o tenente-coronel Reginaldo Ramos Machado. Nomeado em abril do ano passado para ser diretor do Incra. Sai Alex Machado Campos (veja aqui a portaria);
- Assessoria do Departamento de Logística em Saúde: entra o tenente-coronel Marcelo Blanco da Costa. Estava lotado no Comando do Exército, do Ministério da Defesa. Sai Adriane Maria Pinhate (veja aqui a portaria).
A maioria dos militares, conforme apurado pelo Metrópoles, é de contemporâneos do general Panzuello na Acadêmia Militar das Agulhas Negras (Aman), por volta da década de 90.
Militarização
Teich assumiu o comando do Ministério da Saúde no último dia 17 de abril. Então ministro, Luiz Henrique Mandetta foi exonerado pelo presidente Bolsonaro por causa das medidas adotadas durante a pandemia do novo coronavírus.
Dias após a demissão de Mandetta, o então secretário-Executivo da pasta, João Gabbardo dos Reis, considerado o “número 2” do ministério, solicitou exoneração da função.
No lugar de Gabbardo, entrou o general Eduardo Panzuello. Há quem diga, contudo, que o militar é quem manda, apesar de o secretário-executivo ter menos poder que o chefe da pasta, no caso, Nelson Teich.
Outro lado
Procurado, o Ministério da Saúde não comentou as nomeações. O espaço continua aberto.