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Ao lado de Doria, Arthur Virgílio conta ter votado em Haddad

O tucano defendeu a “desbolsonarização” do PSDB e pediu que a bancada deixe de ser base do presidente no Congresso

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Candidatos do PSDB à Presidência da República, João Doria e Arthur Virgilio concedem entrevista coletiva para informar sobre a retomada do processo de votação 3
1 de 1 Candidatos do PSDB à Presidência da República, João Doria e Arthur Virgilio concedem entrevista coletiva para informar sobre a retomada do processo de votação 3 - Foto: Gustavo Moreno/Especial Metrópoles

A coletiva de imprensa concedida pelo governador de São Paulo, João Doria, e pelo ex-prefeito de Manaus (AM) Arthur Virgílio teve momentos inusitados. Um deles foi protagonizado por Virgílio, defensor do que ele chama de “desbolsonarização” do partido. Antes de romper com o presidente da República, Doria era um aliado de Jair Bolsonaro, inclusive encarnando durante a campanha a chamada aliança “Bolsodoria”.

O manauara não poupou críticas à ala do partido que ainda apoia o governo e acabou contando: “Eu votei no Haddad, mas ele nunca votou em mim”, disse Arthur Virgílio, referindo-se ao segundo turno das eleições em 2018, referindo-se ao candidato petista à Presidência da República Fernando Haddad.

Doria, por sua vez, respondeu: ” Eu não votei no Haddad. Eu venci o Haddad”, disse o governador, apelando para sua costumeira aversão ao PT. “Jamais votaria no PT.”

“Desbolsonarização”

Virgílio foi além, criticando a posição da bancada da Câmara que tem servido de base para Bolsonaro. “O bolsonarismo não tem cabimento. Meu partido ter uma bancada de bolsonaristas não dá. Aqui, não serve. Quero qualidade do partido, não quantidade. Não quero engordar, mas ficar musculoso”, disse Virgílio.

“Não vou abrir mão da desbolsonarização do partido. Não se muda aceitando os erros e as tolices que todos os dias o presidente faz. Não durmo com tranquilidade. Eu perco o sono. Há coisas muito complicadas, Amazônia, emprego. Há um desgoverno que tem que ser enfrentado.”

O tucano sustentou que o PSDB não pode ficar em cima do muro, ser partido de “nem uma coisa nem outra”. “Vejo essa maluquice da economia do governo, da área fiscal. Brasil vai ter muita dificuldade para recuperar o seu equilíbrio.”

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