Ao lado de Bolsonaro, Orbán diz que Hungria tenta evitar guerra
Líderes se reuniram nesta quinta-feira (17/2) em Budapeste. Bolsonaro reforçou que uma guerra não interessa a ninguém
atualizado
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Ao lado do presidente Jair Bolsonaro, o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, disse que a Hungria quer evitar uma guerra na região. Ele se reuniu nesta quinta-feira (17/2), em Budapeste, com o líder brasileiro.
Em declaração à imprensa, Orbán afirmou: “Hungria está tentando evitar guerra”. Por sua vez, Bolsonaro pontuou que uma eventual guerra não interessa a ninguém.
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“Trocamos informações sobre uma possibilidade ou não de uma guerra entre a Rússia e a Ucrânia. E passei para ele o meu sentimento que tive dessa viagem, até mesmo pela coincidência de ainda estarmos em voo para Moscou e parte das tropas russas serem desmobilizadas da fronteira. Entendo, sendo coincidência ou não, como um gesto de que a guerra realmente não interessa a ninguém”, afirmou Bolsonaro.
“E não interessa ao mundo que dois países entrem em guerra, porque todos perdem com isso. Em especial, obviamente, a vizinhança, que é uma preocupação do Orbán e do seu presidente”, prosseguiu.
Em sua fala, Orbán ainda prestou solidariedade às vítimas da tempestade em Petrópolis (RJ), que contabiliza mais de 100 mortos até o monento. O primeiro-ministro também destacou que Bolsonaro foi o primeiro presidente do Brasil a visitar a Hungria.
Os líderes assinaram acordos nas áreas da defesa, ajuda humanitária e recursos hídricos. Os dois também expressaram semelhanças em torno de valores conservadores, como a defesa da família.
Após a declaração, Orbán ofereceu um almoço em homenagem a Bolsonaro na Karmelita Kolostor, edifício em que funciona o gabinete do primeiro-ministro.
O líder brasileiro deixou a Rússia na manhã desta quinta, madrugada no Brasil. Em Moscou, ele se reuniu com o presidente russo, Vladimir Putin, e um grupo de empresários.
A previsão é de que o chefe do Palácio do Planalto volte ao Brasil já nesta quinta. Ele seguirá direto para o Rio de Janeiro, onde pretende sobrevoar as áreas atingidas pelas fortes chuvas que mataram mais de 100 pessoas em Petrópolis, Região Serrana do Rio.
Acompanhado de ministros e assessores, Bolsonaro deixou o hotel Four Seasons, onde estava hospedado em Moscou, por volta das 7h30, horário local, 1h30 da manhã em Brasília. O avião presidencial decolou do aeroporto da capital russa em direção à Budapeste cerca de uma hora depois.
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Agenda de um dia
No total, Bolsonaro passou menos de 48 horas em Moscou. Ele havia chegado à cidade às 16 horas da terça-feira (15/2). A agenda oficial do presidente se concentrou na quarta-feira (16/2). O principal compromisso foi a reunião com Putin.
O encontro aconteceu no Kremlin, sede do governo russo. Os dois presidentes ficaram a sós praticamente todo o tempo, acompanhados apenas de intérpretes. Além de uma reunião de trabalho, almoçaram juntos e deram uma declaração conjunta ao final.
Uma das principais discussões foi sobre a venda, por empresas russas, de insumos para produção de fertilizantes agrícolas, que enfrentam escassez mundial. O Brasil importa boa parte desses produtos, tendo a Rússia como um de seus principais vendedores.