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Ao criticar lockdown, Bolsonaro diz que é “o garantidor da democracia”

Presidente voltou a criticar medidas de restrição impostas por governadores a fim de frear o avanço da Covid-19

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1 de 1 Bolsonaro - Foto: Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta quinta-feira (11/03) que ele é o “garantidor da democracia” ao criticar a decretação de lockdown em vários estados e municípios do país.

O chefe do Executivo federal voltou a atacar as medidas adotadas pelos estados e municípios para frear o avanço da Covid-19 e disse que o que “está em jogo” é a “liberdade” da população. No caso do DF, chegou a dizer que o governado está cometendo “um crime” em razão da decretação do toque de recolher, das 22h às 5h.

“Eu tenho como garantir a nossa liberdade. Eu sou o garantidor da democracia tendo em vista a situação que está acontecendo no Brasil”, declarou Bolsonaro durante transmissão ao vivo nas redes sociais.

“Usam o vírus pra quê? Para te oprimir, para te humilhar, para tentar quebrar a economia. E eu vejo alguns governadores me culpando pelo desemprego. De quem é a política do fica em casa, fecha tudo? Não é minha. Entendo que o vírus mata. Entendo que tem que fazer todo o possível para evitar mortes, mas o desemprego leva à depressão, leva à violência, briga, leva à morte, leva ao caos. É isso que está acontecendo no Brasil”, acrescentou.

“A quem interessa o caos?”

Na transmissão, Bolsonaro indagou: “A quem interessa o caos no Brasil?”.

“E um velho ditado, não sei de quem é, ‘aquele que abre mão de um milímetro da sua liberdade em troca de segurança, seja o que for, não terá nada no futuro’. Eu sou a pessoa, queiram ou não, critiquem ou não, me ofendam ou não, que posso garantir a sua liberdade”, ressaltou.

“Olha, Brasília, estado de sítio. O governador diz que não é… Direito de ir e vir. Ignora, bota no lixo a Constituição; Não pode sair das 22h às 5h. […] Daqui a pouco você está preso. Acabou sua liberdade”, disse.

Mais cedo, Bolsonaro também criticou a decisão do governador Ibaneis Rocha (MDB-DF) e disse que, daqui a pouco, a população terá apenas “meia hora para sair”.

Desde o início da semana, o Distrito Federal adotou toque de recolher, das 22h às 5h. A medida ocorre após o aumento de ocupação dos leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) na rede hospitalar da capital da República.

“Fiquem em casa”, pede governador

Em entrevista ao Metrópoles, publicada nesta quinta, o governador Ibaneis Rocha defendeu as medidas restritivas que tem adotado.

Apesar do endurecimento das medidas de restrição e da previsão da abertura de três novos hospitais de campanha nos próximos 20 dias, a orientação do Governo do Distrito Federal (GDF) é que a população permaneça em casa. O primeiro decreto de combate à pandemia da Covid-19 completa um ano nesta quinta. Cinco mil mortos e 311 mil infectados depois, o cenário está mais grave do que nunca.

O governador advertiu que o sistema de saúde está sobrecarregado – não só com os doentes da Covid-19, mas com toda a demanda de pacientes que aguardam por cirurgias e procedimentos relacionados a outras enfermidades.

“Você que vai para a rua, que aglomera e não respeita os decretos está deixando outras pessoas morrerem, não só de Covid. A situação é grave”, disse Ibaneis, em entrevista à coluna Grande Angular.

Assista à entrevista do governador Ibaneis Rocha (MDB):

 

Cenas da cidade após o toque de recolher:

18 imagens
Moradores de Valparaíso (GO), Jefferson e Luís Fernando vendem balinhas no transporte coletivo, inclusive em ônibus que circulam de madrugada
Funcionário de um mercado da Asa Norte, Everson Sousa foi abordado por PMs e orientado sobre o toque de recolher
Trabalhadores aguardam por coletivos em paradas de ônibus de Brasília
Esplanada dos Ministérios no primeiro dia de toque de recolher
Catadores nas ruas do Plano Piloto
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DF está com toque de recolher das 20h às 5h

Gustavo Moreno/Especial Metrópoles
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Moradores de Valparaíso (GO), Jefferson e Luís Fernando vendem balinhas no transporte coletivo, inclusive em ônibus que circulam de madrugada

Gustavo Moreno/Especial Metrópoles
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Funcionário de um mercado da Asa Norte, Everson Sousa foi abordado por PMs e orientado sobre o toque de recolher

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Trabalhadores aguardam por coletivos em paradas de ônibus de Brasília

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Esplanada dos Ministérios no primeiro dia de toque de recolher

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Catadores nas ruas do Plano Piloto

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Metrô deserto

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Trabalhadores na Rodoviária do Plano Piloto

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Ponte JK: movimento só parou após o horário-limite da restrição

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Na Rodoviária do Plano Piloto, movimento era de moradores que trabalham à noite

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Rodoviária do Plano Piloto: quem estiver circulando sem necessidade pode ser multado em R$ 2 mil

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Orla da Ponte JK: dupla na rua após horário-limite

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Pouco movimento na rodoviária. Quem trabalha até tarde prevê dificuldades para cumprir restrição

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Vista geral da Rodoviária do Plano Piloto na primeira noite do toque de recolher no DF

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Blitz para alertar motoristas

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A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) montou blitz na Estrada Parque Taguatinga (EPTG) e na Estrutural, para orientar os motoristas brasilienses

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"A PM começou a abordar condutores nas vias de maior fluxo de veículos, de forma educativa, orientando para que as pessoas fiquem em casa, para evitar a transmissão da Covid-19", explicou a capitã Debora Fayad, comandante da operação

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Policia Militar atuou na ocorrência

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