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Ao contrário de Bolsonaro, líderes mundiais incentivam vacinação contra Covid-19

Presidentes e primeiros-ministros têm se mostrado dispostos a serem um dos primeiros a tomar vacina para mostrar credibilidade à população

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Presidente Jair Bolsonaro Solenidade de Ação de Graças palacio planalto agenda presidente 1
1 de 1 Presidente Jair Bolsonaro Solenidade de Ação de Graças palacio planalto agenda presidente 1 - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Enquanto o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem dito categoricamente que não tomará vacina contra a Covid-19 em um momento em que o país volta a registrar altos índices de contaminação, líderes mundiais de várias correntes políticas, inclusive conservadores, incentivam a imunização e, inclusive, se candidatam a se tornarem um dos primeiros da fila.

Bolsonaro voltou a dizer, nessa quinta-feira (15/12), em uma vista à Bahia, que não irá se vacinar contra a Covid-19. “Imbecil, eu já contraí o vírus. Estou imune”, disse o presidente brasileiro. Apesar de o mandatário da República já ter sido diagnosticado com a doença em julho, cientistas ainda não sabem por quanto tempo duram os anticorpos. Além disso, os primeiros casos de reinfecção já foram identificados no país.

“Eu não posso falar como cidadão uma coisa e como presidente, outra. Mas como sempre eu nunca fugi da verdade, eu te digo: eu não vou tomar vacina. E ponto final. Se alguém acha que a minha vida está em risco, o problema é meu. E ponto final”, já tinha afirmado o chefe do Executivo, em entrevista à TV Bandeirantes, na terça-feira (15/12).

Nessa quinta-feira, o presidente voltou a apontar problemas nos imunizantes. Ele citou a vacina produzida pela farmacêutica norte-americana Pfizer, em parceria com a alemã BioNTech, e alegou que essas empresas não se responsabilizam por efeitos colaterais. “Se você virar um jacaré, é problema de você”, disse.

Em contrapartida, o atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Republicanos), referência admitida de Bolsonaro, incentivou, nessa quinta-feira, em uma rede social, todos os norte-americanos a tomarem a vacina. Disse também estar ansioso pela vez dele para tomar o imunizante.

“As pessoas que trabalham na Casa Branca devem receber a vacina um pouco mais tarde no programa, a menos que seja especificamente necessário. Eu pedi que esse ajuste seja feito. Não estou programado para tomar a vacina agora, mas estou ansioso para tomar no momento apropriado. Obrigado!”, pontuou o republicano.

Em uma tentativa de aumentar a confiança da população nos imunizantes, os ex-presidentes Barack Obama (Democrata), George W. Bush (Republicano) e Bill Clinton (Democrata) se ofereceram para tomar a vacina contra a Covid-19 diante das câmeras.

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, de centro-esquerda, disse no último dia 10, ao anunciar a compra de 20,6 milhões de doses da vacina russa Sputnik V, que será o primeiro no país a receber o imunizante. “Para acabar com todas as dúvidas, assim que a vacina estiver aqui, o primeiro a se vacinar serei eu”, disse.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, que firmou o acordo com Fernández, também afirmou, nessa quinta-feira (17/12), que será vacinado “sem falta, o mais rapidamente possível”. “Sigo as recomendações dos nossos especialistas, e é por isso que até o momento não fui vacinado, mas farei sem falta quando possível”, afirmou.

Hoje, a Rússia é o quarto país com mais casos de Covid-19. O país registra mais de 2,73 milhões de contaminações, segundo dados da Universidade Johns Hopkins, e está atrás apenas dos Estados Unidos (com 17,16 milhões de casos), da Índia (9,95 milhões) e do Brasil (7,04 milhões).

Na sétima colocação, aparece o Reino Unido (1,95 milhão), o primeiro país do mundo a começar a vacinar a população contra a Covid-19. E por lá, o primeiro-ministro Boris Johnson, que já fora infectado pelo vírus, também pode tomar a vacina na TV, segundo comentário feito por uma assessora à agência Reuters.

“Não acho que seria algo que ele descartaria”, disse Allegra Stratton, ao ser indagada se Boris Johnson receberia a vacina ao vivo na TV. “Mas acho que também sabemos que ele não iria querer receber uma vacina que deveria ser para alguém que está extremamente vulnerável e que deveria recebê-la antes dele”, completou.

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O premiê Boris Johnson
Presidente da Argentina, Alberto Fernández
Vladimir Putin
Primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu
O ex-presidente dos EUA, Barack Obama
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Trump deixou o governo americano durante a pandemia

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O premiê Boris Johnson

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Presidente da Argentina, Alberto Fernández

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Primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu

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O ex-presidente dos EUA, Barack Obama

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Em julho, enquanto instava os ingleses a usarem um programa de vacina contra a gripe, Boris Johnson rotulou as pessoas que se opõem à vacinação de “loucos”. “Existem todos esses antivacinas agora. Eles são loucos, são loucos”, disparou o premiê britânico, do partido Conservador.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou nessa quinta-feira (17/12) que receberá no sábado (19/12) à noite a vacina contra Covid-19 desenvolvida pela Pfizer-BioNTech. “Pedi para ser o primeiro vacinado para dar o exemplo e convencê-los de que é possível ser vacinado e que todos devem ser vacinados”, disse. Atualmente, ele está isolado, após ter entrado em contato com um portador confirmado do coronavírus.

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