Ao contrário da cloroquina, Bolsonaro diz que vacina deve ter comprovação
Presidente não apresentou argumentos sobre o porquê de defender o remédio, mesmo sem eficácia comprovada contra a Covid-19
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que não aceitará vacinas que não tenham eficácia cientificamente comprovada e comentou, sem expor argumentos, que a situação do imunizante não é igual à da hidroxicloroquina. As declarações foram dadas durante uma coletiva de imprensa em Iperó (SP), na tarde desta quarta-feira (21/10).
“A vacina tem que ter uma comprovação científica, diferentemente da hidroxicloroquina, posso falar sobre isso aí, tem que ter sua eficácia. Não pode [sic] inalar (quis dizer inocular) algo numa pessoa e o malefício ser maior do que o possível benefício, apenas isso”, resumiu.
Questionado se a compra da vacina chinesa pelo governo federal estaria descartada, Bolsonaro não respondeu e afirmou que os imunizantes devem ser validados pelo Ministério da Saúde e pela Agência Nacional de VIgilância Sanitária (Anvisa).
“Tem que ter uma validade no Ministério da Saúde e tem que ter uma certificação por parte da Anvisa. Fora isso, não existe qualquer dispêndio de recurso, ainda mais um vultoso como esse, que seria para vacinarmos 100 milhões de pessoas, ao preço de, aproximadamente, US$ 10 por vacina, seria uma importância absurda até porque, repito, não tem [comprovação científica]”, afirmou o presidente.