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Ao comentar caso dos absorventes, Bolsonaro debocha: “Auxílio Modess”

Presidente recorreu à ironia ao sugerir “solução” para o caso: basta o Congresso derrubar o veto, que ele tira dinheiro da saúde ou educação

atualizado

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Live do Bolsonaro
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) recorreu à ironia ao sugerir, na noite desta quinta-feira (14/10), durante sua live semanal, uma “solução” para a polêmica em torno da distribuição de absorventes: basta o Congresso Nacional derrubar o veto que ele deu ao Projeto de Lei que distribuiria gratuitamente absorventes femininos e previa outros cuidados básicos de saúde menstrual. Ao fim da declaração, ele debochou do projeto, dizendo que se tratava de “auxílio Modess”.

“Vou dar a solução do caso pra vocês: É só o Parlamento derrubar o veto, que eu sou obrigado a promulgar depois, e aí a gente vai arranjar recurso no próprio Ministério da Saúde ou na Educação, ou nos dois, ou tirar um pouquinho de cada lugar. […] Estou tirando porque eu sou escravo da lei. Se o Congresso derrubar o veto e, tô torcendo pra que derrube, eu vou arranjar absorvente. Não vai ser gratuito”, ironizou Bolsonaro.

O presidente voltou a dizer que, se o veto aplicado por ele for rejeitado, tornando necessária a aplicação da lei, os recursos terão que sair da saúde ou da educação.

“Não vai ser gratuito. Calcularam aqui, pouco mais de R$ 100 milhões, pode ter certeza, vai multiplicar por três e vou ter que tirar R$ 300 milhões de algum lugar. Eu não vou criar imposto e nem majorar pra suprir isso aí. Vou tirar de algum lugar. A imprensa vai bater em mim dizendo: ‘cortou da Saúde, cortou da Educação‘ e, não vai dizer pra onde foi”, reforçou o presidente.

Na ocasião do veto, como justificativa, o presidente disse que o projeto de lei contrariava o interesse público, “uma vez que não há compatibilidade com a autonomia das redes e estabelecimentos de ensino. Ademais, não indica a fonte de custeio ou medida compensatória”.

Bolsonaro também alegou que está fazendo diferente de governos anteriores, como o da ex-presidente Dilma e do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, ambos do Partido dos Trabalhadores, que segundo ele, vetaram projetos semelhantes e não deram alternativa.

“A esquerdalha bate em mim, os militantes batem, mas eles vetaram. […] Vamos lá, Parlamento, vamos derrubar o veto do absorvente que eu cumpro, diferentemente de Haddad e Dilma, que vetaram e não deram alternativa. Estou dando alternativa”, complementou.

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