Antes de ser transferido para SP, Bolsonaro foi sedado devido a exames
Transferência para capital paulista foi recomendada pelo cirurgião que trata o presidente desde a facada que o mandatário sofreu em 2018
atualizado
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O ministro das Comunicações, Fábio Faria, disse nesta quarta-feira (14/7) que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) está aguardando transferência para São Paulo, mas ainda não há informações sobre o hospital em que será atendido.
Faria informou que, pela manhã, o presidente foi sedado para se submeter a exames gastrointestinais, mas já acordou e conversou com a equipe médica. A sedação é rotina em exames gastrointestinais. O chefe do Executivo federal também enfrenta uma crise de soluços desde o dia 3 de julho.
Na madrugada desta quarta-feira, Bolsonaro deu entrada no Hospital das Forças Armadas (HFA), em Brasília, após sentir dores abdominais.
O cirurgião Antônio Luiz Macedo se dirigiu a Brasília para avaliar o quadro clínico do presidente. O médico, que é gastroenterologista e especialista em cirurgia robótica, oncológica e laparoscópica de altas complexidades, foi o responsável por outras cirurgias a que Bolsonaro foi submetido em 2019, em decorrência da facada que recebeu na campanha de 2018. Ele é um médico de confiança da família.
Bolsonaro sofreu uma obstrução intestinal e será transferido para São Paulo, após avaliação do cirurgião Antônio Macedo, para mais exames e análise da necessidade de uma nova cirurgia.
“Desde a época da facada, ele tem tido intercorrências. Já são mais de três cirurgias que ele já teve e talvez precise da quarta cirurgia. Esperamos que brevemente esteja recuperado”, disse Faria.
“O presidente está bem. Ele foi sedado pela manhã para descansar, acordou e conversou com o médico, que vai levar ele para São Paulo”, complementou o ministro. O chefe do Executivo federal será transferido a São Paulo acordado.
Compromissos são cancelados
De acordo com a agenda divulgada na noite de terça-feira (13/7), Bolsonaro teria quatro compromissos nesta quarta. Todos foram cancelados.
Pela manhã, às 8h, o chefe do Executivo participaria da oitava reunião do comitê de enfrentamento à Covid-19, além de lançar novas ações para o “Novo Ensino Médio”, às 10h. Os dois compromissos seriam realizados no Palácio do Planalto.
Às 11h, Bolsonaro compareceria ao encontro entre os presidentes dos poderes Judiciário, Executivo e Legislativo. Após dar entrada no hospital, no entanto, a reunião, que ocorreria na sede do Supremo Tribunal Federal (STF), foi cancelada.
No período da tarde, às 15h, também no Planalto, o chefe do Executivo se encontraria com o senador Roberto Rocha (PSDB-MA) e o deputado Lucas Vergílio (Solidariedade-GO).
O presidente participaria de um passeio de moto em Manaus (AM) no próximo sábado (17/7), mas sua participação também será cancelada.
O Metrópoles entrou em contato com o Palácio do Planalto para saber se já estão definidas agendas para quinta-feira e sexta-feira, mas não houve retorno até a última atualização desta reportagem.