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André Mendonça tem votos para passar na CCJ e se aproxima do STF

Expectativa é de que o ex-ministro da Justiça e ex-AGU seja sabatinado pelo colegiado do Senado Federal na próxima semana

atualizado

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Marcos Oliveira/Agência Senado
André Mendonça
1 de 1 André Mendonça - Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Prevista para ocorrer na próxima quarta-feira (1°/12), a sabatina do ex-ministro da Justiça e ex-advogado-geral da União André Mendonça deve transcorrer sem complicações na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. O indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) já tem maioria no colegiado. A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) foi designada relatora da indicação.

Levantamento feito pelo Metrópoles aponta que, hoje, pelo menos 14 dos 27 senadores votarão a favor de Mendonça. Os votos são suficientes para que a indicação do candidato “terrivelmente evangélico” avance ao plenário. Apenas um senador se manifestou contrário, dois se disseram indecisos e 11 não responderam ou não quiseram antecipar o voto.

Esse índice é maior do que o da primeira consulta feita pelo Metrópoles, realizada em julho, assim que ele foi indicado: na ocasião, 12 senadores confirmaram apoiar o ex-ministro de Bolsonaro.

Entre os suplentes, que só votam na ausência dos titulares, 10 se posicionaram a favor dele e um disse estar indeciso, 14 não responderam ou não quiseram antecipar o voto.

Plenário

Mendonça foi indicado por Bolsonaro ao cargo de ministro do STF em 13 de julho deste ano, para a vaga do ex-ministro Marco Aurélio Mello. Apesar da situação tranquila na comissão, ainda é cedo para dizer o mesmo quanto ao plenário, que precisa de maioria simples – ou seja, de 41 votos dos 81 senadores – para se tornar ministro da Suprema Corte. A votação do indicação no plenário deve ocorrer no mesmo dia. Lá, ele deve sofrer alguma resistência.

Ainda segundo o levantamento da reportagem, com todos os senadores, atualmente, o ex-AGU tem ao menos 33 votos favoráveis no plenário do Senado. Dos 81 senadores, cinco disseram estar indecisos, 15 não quiseram antecipar o voto e 27 não responderam aos questionamentos. Apenas o senador Jorge Kajuru (Podemos-GO) afirmou que votará contra o ministro “terrivelmente evangélico”.

Estratégia falha

A resistência do presidente da CCJ, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para pautar a sabatina do ex-ministro de Bolsonaro decorre de uma questão pessoal, o que levou alguns senadores que se manifestavam, nos bastidores, contra à indicação a reavaliar o posicionamento, mas não necessariamente a mudar de posição.

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Atualmente, é o presidente da CCJ do Senado
Jair Bolsonaro abraça Davi Alcolumbre
Senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) e o presidente Jair Bolsonaro em evento no Planalto
André Mendonça é ex-ministro da Advocacia-Geral da União e indicado de Bolsonaro ao STF
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CCJ do Senado tem votos suficientes para aprovar a indicação de André Mendonça

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Atualmente, é o presidente da CCJ do Senado

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Jair Bolsonaro abraça Davi Alcolumbre

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Senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) e o presidente Jair Bolsonaro em evento no Planalto

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André Mendonça é ex-ministro da Advocacia-Geral da União e indicado de Bolsonaro ao STF

Rafaela Felicciano/Metrópoles

Ao Metrópoles senadores e auxiliares relatam que a estratégia de Alcolumbre para segurar ao máximo a sabatina de Mendonça surtiu efeito contrário ao desejado pelo amapaense. Se a vontade do ex-presidente do Senado era ampliar a rejeição dos colegas parlamentares ao evangélico, o cenário, hoje, é o oposto. Senadores que votariam contra a indicação em um primeiro momento, agora, se mostram mais flexíveis ao nome sabatinado.

Parlamentares avaliam que, ao comprar briga com o governo recusando-se a pautar a sabatina, Alcolumbre entrou na mira de governistas que antes torciam o nariz para Mendonça. O panorama é de que há senadores que votarão a favor do ex-AGU apenas para “derrotar” o senador do DEM.

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