Análise de novo pedido de impeachment será dentro da legalidade, diz Cunha
Petição foi elaborada pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaina Paschoal e conta com apoio de 45 movimentos sociais
atualizado
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O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), prometeu nesta quarta-feira (21/10) analisar com “toda isenção” o novo pedido de impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff, protocolado pela manhã por líderes da oposição. “Vamos processar dentro da normalidade e legalidade”, afirmou o peemedebista em breve discurso em seu gabinete ao lado de mais de 10 lideranças do DEM, PSDB, PPS e Solidariedade, após receber a petição.
A petição e as justificativas chegaram à Câmara em três grandes pastas azuis, carregadas pelos parlamentares oposicionistas em um carrinho de ferro. Elas foram levadas à sala de reuniões do gabinete da presidência da Câmara, onde foram colocadas na mesa junto com uma bandeira do Brasil assinada por deputados da oposição e outros apoiadores do impeachment. O pedido foi elaborado pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaina Paschoal e conta com apoio de 45 movimentos sociais.
Em rápido discurso no gabinete do presidente da Câmara, o líder do PSDB na Casa, deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), afirmou que esse não era um movimento da oposição, mas, sim, uma causa da população. Segundo ele, o PT “se notabilizou” por ter dois dos seus ex-presidentes presos (José Genoino e José Dirceu) bem como dois tesoureiros (Delúbio Soares e João Vaccari Neto). “É um partido com a marcada da corrupção, e o governo da presidente Dilma também tem a marca da corrupção e da mentira”, disse.
Representando os três juristas que apresentaram o pedido, a filha do ex-petista Hélio Bicudo Maria Lúcia Bicudo afirmou que o pedido de afastamento da presidente Dilma apresentado nesta quarta-feira (21) é “para o bem” do país. Ela defendeu que, em meio à crise pela qual o Brasil passa, os jovens precisam usar suas energias para pedir mudanças. “Como diria Ulysses Guimarães, a praça pública é maior que as urnas”, afirmou.