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Análise: começa o segundo ano do governo “família Bolsonaro”

Ingerência dos filhos no poder federal tende a produzir mais efeitos negativos para o presidente na política e na condução do país

atualizado

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Família Bolsonaro
1 de 1 Família Bolsonaro - Foto: Instagram/Reprodução

O desempenho do governo em 2020 estará, em grande parte, atrelado à atuação de Flávio, Carlos e Eduardo, os filhos mais velhos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). No primeiro ano, os três representaram fontes de problemas para o pai e, principalmente, para o Brasil.

Alguns fatos negativos protagonizados pela prole permanecem vivos e tendem a produzir efeitos nos próximos meses, com reflexos nas relações com o Congresso. Os casos mais graves têm a ver com investigações policiais.

Arrastado pelo ex-assessor Fabrício Queiroz, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) derrubou o discurso de vida limpa usado na campanha eleitoral. Em consequência, o “Zero Um” passou a atuar em consonância com os congressistas enrolados na Justiça.

Essa situação ajuda a explicar, por exemplo, a criação da figura do juiz de garantias, sancionada pelo presidente. Os seguidores do capitão mais crédulos na propaganda de 2018 tiveram de engolir a contradição.

O vereador Carlos Bolsonaro (PSL) desestabilizou e derrubou ministros ao longo de 2019. Complicou-se em novembro, acuado pelas investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSol). Nas redes sociais, o “Zero Dois” defende com veemência o governo do pai. Mas, também, apanha dos desafetos com comentários, muitas vezes, de cunho sexual. 

Deputado federal, Eduardo Bolsonaro (sem partido-SP) aventurou-se a pleitear a Embaixada do Brasil em Washington. Fracassou. Também tentou ser líder do PSL. Foi rejeitado. Falou sobre a volta do AI-5. Precisou responder à Comissão de Ética.

Em 2020, espera-se que o “Zero Três” adquira noção dos limites de seu currículo e de sua capacidade política. Assim, poupará os brasileiros e o Congresso de perder tempo com discussões descabidas. 

Não há precedentes na história republicana do Brasil de tamanha ingerência dos filhos de um presidente no governo. A prole se comporta como se tivesse tomado posse junto com o capitão. 

Por último, deve-se reconhecer que, na economia, não se notou interferência dos três filhos do chefe do Executivo. Talvez não por acaso, é a área mais festejada pelos governistas.

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