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Ameaçada no cargo, ministra Daniela Carneiro diz que segue “na luta”

Fala da ministra do Turismo ocorre em momento em que o União pressiona o governo para trocar titulares das pastas comandadas pelo partido

atualizado

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Vinícius Schmidt/Metrópoles
Daniela Carneiro, ministra do Turismo do governo Lula
1 de 1 Daniela Carneiro, ministra do Turismo do governo Lula - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

A ministra do Turismo, Daniela Carneiro, afirmou nesta quarta-feira (21/6) que sua indicação para comandar a pasta partiu do próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e que vai “seguir na luta”.

Daniela participou de evento com integrantes da Marcha das Margaridas, realizado no Palácio do Planalto. Ao discursar na cerimônia, ela se disse “honrada” e “lisonjeada” em integrar o primeiro escalão.

No final do evento, perguntada por jornalistas se irá participar das reuniões entre o governo e o União Brasil, nesta semana, para tratar dos ministérios comandados pelo partido, Daniela respondeu: “Vamos seguir juntas na luta”.

Durante seu discurso na cerimônia, Daniela falou de si em terceira pessoa e disse que o governo Lula “respeita as mulheres”.

“A ministra Daniela Carneiro, hoje, estando nessa gestão, onde o nosso presidente da República me indicou, tem um olhar muito especial no empreendedorismo realizado por mulheres. E isso se traduz nas ações que temos realizado para desenvolver e fortalecer o turismo rural e também o turismo da base comunitária”, afirmou a ministra.

“Nós estamos num governo que literalmente respeita as mulheres. Inclusive, eu sou a 11ª ministra mulher do governo do presidente Lula. Eu me sinto muito honrada, muito lisonjeada de, através dessa política tão importante que é o turismo, empoderar as mulheres”, acrescentou.

As falas da ministra ocorrem em meio a uma polêmica sobre uma eventual troca no Ministério do Turismo, que acabou não acontecendo por decisão do presidente Lula, que manteve Daniela no cargo.

Nas últimas semanas, ganhou força no Congresso Nacional o movimento para que Lula faça uma troca ministerial com o objetivo de abrigar aliados em busca de apoio no Parlamento, numa tentativa de construir uma base sólida no Legislativo e evitar novas derrotas.

Apesar de o União Brasil chefiar três pastas na Esplanada dos Ministérios (Turismo, Comunicações e Integração Regional), o partido tem votado contra o governo em votações importantes.

O União argumenta que não se sente representado pelos chefes dos ministérios. Nesta semana, o ministro Alexandre Padilha, responsável pela articulação política do governo com o Congresso, disse que uma reformulação dos ministérios chefiados pelo partido “está na pauta do governo”. Ele ainda afirmou que deve se reunir com os líderes da sigla ainda esta semana.

 

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