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Alvo da Lava Jato, executivo foi orientado a contatar Gim Argello

O diretor presidente da Invepar, Gustavo Nunes da Silva Rocha, foi conduzido coercitivamente para a sede da Polícia Federal no Rio de Janeiro para prestar depoimento

atualizado

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1 de 1 gim argello aeroporto - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão no escritório da Invepar, no Centro do Rio, no começo da manhã desta terça-feira (12/4). A ação fez parte da Operação Vitória de Pirro, 28ª etapa da Lava Jato. O diretor presidente da Invepar, Gustavo Nunes da Silva Rocha, foi conduzido coercitivamente para a sede da Polícia Federal no Rio para prestar depoimento.

Rocha teve mensagens de celular com o empresário José Adelmário Pinheiro Filho, o Léo Pinheiro, dono da OAS, interceptada pelos investigadores. Na conversa, o executivo foi orientado a fazer contato com o ex-senador Gim Argello, preso nesta terça-feira (12), em Brasília, por suspeita de ter recebido R$ 350 mil da OAS e outros R$ 5 milhões da UTC. Os valores chegaram a Argello durante a CPMI da Petrobras, da qual era vice-presidente, para encobrir corrupção na estatal e proteger empreiteiras. O ex-parlamentar foi transferido para Curitiba em um jato da Polícia Federal no início da tarde.

O Ministério Público Federal pediu a prisão temporária de Rocha. O pedido foi negado pelo juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável pela condução da Operação Lava Jato em primeira instância. Na decisão, Moro afirma “que não há provas suficientes a justificar a decretação da requerida prisão temporária de Gustavo Nunes da Silva Rocha”.

De acordo com os investigadores da Lava Jato, a OAS repassou os R$ 350 mil ao ex-senador Gim Argello por meio da Paróquia São Pedro, de Taguatinga, no Distrito Federal, frequentada pelo político. O valor era proveniente “dos contratos da OAS com a Petrobras para obras na Refinaria do Nordeste Abreu e Lima”, segundo consta na decisão do juiz Moro.

Os policiais chegaram à sede da Invepar em dois carros às 5h30 e ficaram estacionados na Rua México. Às 6h, eles entraram no Edifício Lineo de Paula Machado, na Avenida Almirante Barroso, e se dirigiram ao 30° andar para cumprir a ordem judicial. Os agentes saíram por volta das 8h com malotes.

A Invepar, que tem 24,4% de suas ações controladas pela OAS (o restante pertence ao BB Fundo de Investimento em Ações, Petros e Funcef), atua no segmento de infraestrutura em transportes, no Brasil e no exterior, sobretudo na gestão e operação de rodovias, sistemas de mobilidade urbana e aeroportos. O grupo tem a concessão do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, e para operação do Metrô Rio, da Linha Amarela, Metro Barra e o VLT no Rio de Janeiro.

Em nota, a Invepar informou que houve uma ação de busca e apreensão na sede da empresa no Rio de Janeiro e em sua subsidiária Grupar, que controla o Aeroporto de Guarulhos. “O objeto do mandado refere-se somente a temas específicos da OAS, sem nenhuma referência às concessões e negócios da Invepar. A Invepar ressalta, ainda, que colabora com as autoridades”, diz o comunicado.

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