Álvaro Antônio segue confiante na sua inocência, informa Ministério
Ministro do Turismo foi indiciado pela Polícia Federal por suspeita de empregar candidaturas laranjas em 2018
atualizado
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Indiciado no inquérito que apura o uso de candidaturas laranjas nas eleições do PSL, em Minas Gerais, o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, “segue confiante de que ficará comprovada sua inocência”, informa a pasta, em nota divulgada à imprensa nesta sexta-feira (04/10/2019).
Álvaro Antônio foi indiciado pela Polícia Federal por suspeita dos crimes de falsidade ideológica eleitoral, apropriação indébita de recurso eleitoral e associação criminosa. O indiciamento serve como base para que o MP decida se oferece ou não denúncia à Justiça contra o ministro de Jair Bolsonaro (PSL).
Na nota, o Ministério do Turismo destacou que Álvaro Antônio ainda não foi notificado oficialmente da decisão. “Mas reafirma sua confiança na Justiça e reforça sua convicção de que a verdade prevalecerá e sua inocência será comprovada”, complementa a pasta. Em seguida, afirma que a investigação teve como base uma “campanha difamatória e mentirosa”.
“O ministro reitera que não cometeu qualquer irregularidade na campanha eleitoral de 2018. Vale lembrar que esta é apenas mais uma etapa de investigação e o ministro segue confiante de que ficará comprovada sua inocência”, finaliza a nota. O Metrópoles informou que, mesmo indiciado, Álvaro Antônio permanecerá no cargo, sob o aval do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Mas, mesmo não constando na agenda oficial, ele viajou à Argentina nesta sexta.
Entenda
O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, foi indiciado pela Polícia Federal por suspeita dos crime de falsidade ideológica eleitoral, apropriação indébita de recurso eleitoral e associação criminosa. O chefe da pasta é acusado de envolvimento no esquema de laranjas do PSL, durante as eleições de 2018.
O relatório policial foi enviado nesta sexta-feira (04/10/2019) ao Ministério Público (MP) de Minas Gerais, de acordo com o jornal Folha de S. Paulo. O indiciamento serve como base para que o MP decida se oferece ou não denúncia à Justiça contra o ministro de Jair Bolsonaro (PSL).
Caso a decisão da Promotoria seja em sentido similar ao da PF, a Justiça decidirá se aceita ou não a denúncia. Em caso positivo, o ministro se torna réu e passa a responder ao processo. O Metrópoles procurou o Ministério do Turismo, mas não recebeu manifestação de Álvaro Antônio sobre o indiciamento.
Além do ministro do Turismo, outras dez pessoas já foram indiciadas sobre o uso de candidaturas-laranja no PSL. Em abril, a PF cumpriu sete mandados de busca e apreensão. Em junho, três pessoas foram presas, entre elas o assessor especial de Álvaro Antônio, Mateus Von Rondon.