1 de 1 Imagem colorida mostra Luiz Inácio Lula da Silva, presidente eleito, em pé em um palco. Ele usa terno e segura um microfone - Metrópoles
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À medida que as equipes temáticas da transição de governo vão ganhando forma, aliados próximos ao presidente da República eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), passam a articular as nomeações para os cargos dos futuros ministros. Segundo auxiliar próximo a Lula, porém, o petista deve segurar as conversas e começar a anunciar os primeiros nomes apenas entre a última semana de novembro e a primeira de dezembro.
Lula deixou claro que nomes que estão integrando a coordenação de grupos temáticos da transição não necessariamente comandarão as pastas do primeiro escalão. Na quinta-feira (10/11), durante agenda com políticos aliados, o presidente eleito disse que o vice-presidente da República eleito, Geraldo Alckmin (PSB), não será ministro do futuro governo.
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Luiz Inácio Lula da Silva, nascido em 1945, é um ex-metalúrgico, ex-sindicalista e político brasileiro. Natural de Caetés, no Pernambuco, foi o 35º presidente do Brasil
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De origem simples, Lula se mudou para São Paulo com a família quando ainda era criança. Na infância, trabalhou como vendedor de frutas e engraxate
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Mais tarde, tornou-se auxiliar de escritório, foi aluno do curso de tornearia mecânica no Senai e, tempos depois, passou a trabalhar em uma siderúrgica que produzia parafusos, onde perdeu o dedo mínimo da mão esquerda
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Em 1966, Lula começou a trabalhar em uma empresa metalúrgica. Em 1968, filiou-se ao Sindicado de Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema e, em 1969, foi eleito para a diretoria do sindicato da categoria
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Durante a ditadura militar, liderou a greve dos metalúrgicos e foi preso, cassado e processado com base na lei vigente à época. Foi justamente nesse período que a ideia de fundar o Partido dos Trabalhadores surgiu
Ricardo Stuckert
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Para formar a sigla, juntou representantes de movimento sindicais, sociais, católicos e intelectuais. Lula se tornou o primeiro presidente do PT. Durante a redemocratização, foi um dos principais nomes do Diretas Já, e no mesmo período, iniciou a carreira política
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Em 1986, foi eleito deputado federal por São Paulo e, em 1989, concorreu pela primeira vez para presidente. Perdeu para Fernando Collor. Lula disputou o Palácio do Planalto outras duas vezes até ser eleito, em 2002
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Cumprindo o primeiro mandato, foi reeleito em 2006, após disputa com Geraldo Alckmin, e permaneceu como presidente até 31 de dezembro de 2010
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Durante o período em que foi chefe de Estado, ficou conhecido pelos programas sociais Fome Zero e Bolsa Família, pelos planos de combate à pobreza e pelas reformas econômicas que aumentaram o PIB brasileiro. No exterior, Lula foi considerado um dos políticos mais populares do Brasil e um dos presidentes mais respeitados do mundo
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Após passar a faixa presidencial para Dilma Rousseff, Lula começou a realizar palestras nacionais e internacionais. Em 2016, foi nomeado por Dilma para comandar a Casa Civil, mas foi impedido de exercer a função pelo STF
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Em 2017, Lula foi condenado pelo então juiz Sergio Moro por lavagem de dinheiro e corrupção, resultado da Operação que ficou conhecida como Lava Jato. A sentença levou Lula à prisão até 2019, quando ele foi solto após o STF decidir que ele só deveria cumprir pena depois do trânsito em julgado da sentença
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Em 2021, o Supremo declarou que Sergio Moro foi parcial nos julgamentos e, consequentemente, todos os atos processuais foram anulados. Lula tornou-se elegível outra vez e, tempos depois, confirmou a intenção de se candidatar novamente ao Planalto
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Ex-governador de São Paulo, Alckmin coordena a equipe de transição. “Eu fiz questão de colocar o Alckmin como coordenador para que ninguém pensasse que o coordenador vai ser ministro. Ele não disputa vaga de ministro, porque é o vice-presidente”, declarou Lula na ocasião.
Atualmente, a Esplanada conta com 23 ministérios. A equipe de Lula estuda recriar pelo menos 13 postos no primeiro escalão, chegando ao total de 36. As outras 11 pastas devem ser mantidas. O número, no entanto, pode mudar ao longo da transição.
O maior imbróglio está na composição da área econômica. O atual Ministério da Economia deve ser dividido em quatro pastas: Fazenda; Planejamento, Desenvolvimento e Gestão; Indústria, Comércio Exterior e Serviços; e Empreendedorismo e Economia Criativa.
Veja a lista de todos os cotados para áreas econômicas:
Alexandre Padilha, do PT (Fazenda)
Aloizio Mercadante, do PT (Planejamento, Desenvolvimento e Gestão)
Fernando Haddad, do PT (Fazenda; e Planejamento, Desenvolvimento e Gestão)
Gleisi Hoffmann (Planejamento, Desenvolvimento e Gestão)
Henrique Meirelles, do União (Fazenda)
Márcio França, do PSB (Indústria)
Pérsio Arida (Fazenda)
Rui Costa, do PT (Planejamento, Desenvolvimento e Gestão)
Wellington Dias, do PT (Fazenda; e Planejamento, Desenvolvimento e Gestão)
A ideia de Lula é preparar o nome que venha a assumir o comando da Fazenda para disputar o Palácio do Planalto em 2026. Dos nove conhecidos que tentam se cacifar para as pastas a serem criadas, cinco são do PT, sigla do presidente eleito.
Segundo interlocutores, o presidente eleito quer que seu terceiro mandato seja diferente dos anteriores, nos quais nomes ligados ao PT, majoritariamente, comandavam os ministérios. A ideia agora é de “renovação”, e o petista quer dar mais espaço para aliados de outros partidos.