Aliados de Dilma anunciam representação contra testemunhas da acusação
A base do pedido é o entendimento de que a testemunha Antônio Carlos D’Ávila, auditor do Tribunal de Contas da União (TCU), teria ajudado a redigir o parecer que aponta irregularidade nas contas da presidente afastada e, posteriormente, teria auditado o mesmo documento
atualizado
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Os senadores aliados da presidente afastada Dilma Rousseff vão protocolar representações no Ministério Público Federal (MPF) e no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) contra testemunhas da acusação no processo de impeachment.
A base do pedido é o entendimento de que a testemunha Antônio Carlos D’Ávila, auditor do Tribunal de Contas da União (TCU), teria ajudado a redigir o parecer que aponta irregularidade nas contas da presidente afastada e, posteriormente, teria auditado o mesmo documento. A defesa de Dilma alerta para um possível conflito de interesse.O auditor confessou durante seu depoimento que ajudou no parecer, inclusive “redigindo trechos da representação”, que foi elaborada pelo procurador junto ao TCU, Júlio Marcelo de Oliveira. O procurador era a outra testemunha da acusação, mas depôs como informante após ter sido considerado suspeito por se posicionar a favor do processo do impeachment em redes sociais.
Segundo o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), o procedimento dos dois servidores é incorreto e não condiz com o comportamento de testemunhas. Ele pede na representação que o MPF investigue o ocorrido. Para Randolfe, a questão pode subsidiar um recurso ao mérito do processo de impeachment no STF, além de resultar em perda do cargo dos servidores.