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Aliado vai tentar manobra em plenário para abrandar pena de Cunha

Carlos Marun (PMDB/MS) disse nesta segunda-feira (12/9) que vai insistir na tentativa de votar um projeto de resolução em vez do parecer aprovado em junho, por 11 votos a 9, pelo Conselho de Ética. “Vamos tentar uma pena alternativa”, garantiu

atualizado

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Wilson Dias/Agência Brasil
carlos marun
1 de 1 carlos marun - Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

Aliado do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o também peemedebista Carlos Marun (MS) disse nesta segunda-feira (12/9) que vai insistir na tentativa de votar um projeto de resolução em vez do parecer aprovado em junho, por 11 votos a 9, pelo Conselho de Ética, para tentar abrandar a pena que pode ser atribuída ao colega na sessão marcada para as 19h, quando a Câmara deve definir o futuro de Cunha. “Vamos tentar uma pena alternativa”, reiterou.

Marun disse que só chegará à Câmara minutos antes da sessão e contou que conversou com Cunha no início da manhã. Ele descartou qualquer movimentação ou sinalização de uma possível renúncia. No plenário, Marun quer usar os primeiros minutos para reforçar a tese de que não há provas concretas contra seu colega e tentar convencer outros deputados a flexibilizar as regras da Casa.

Segundo ele, a estratégia não é a mesma adotada pelo Senado, durante a votação do impeachment de Dilma Rousseff (PT), quando a perda do cargo foi apreciada separadamente da perda dos direitos políticos. “A questão do Senado é diferente. Considero até inconstitucional”, afirmou.

Parlamentares apostam em quórum de mais de 400 deputados e cassação de Cunha. Com um projeto de resolução, seria possível apresentar destaques e emendas que podem mudar o teor do relatório de Marcos Rogério (DEM-RO), no qual Cunha é acusado de mentir à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, ao negar ser o titular de contas no exterior. Para Rogério, ficou claro que o peemedebista recebia dinheiro de negócios irregulares envolvendo a estatal brasileira por meio de pelo menos quatro contas na Suíça – Köpek; Triumph SP, Orion SP e Netherton.

O líder do PSOL, Ivan Valente (SP), contrário ao possível fatiamento, engrossou o coro de adversários de Cunha. “Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Dilma foi julgada por crime de responsabilidade e o Cunha está sendo julgado aqui por quebra de decoro parlamentar. São duas coisas totalmente diferentes”, afirmou. Ivan Valente ainda destacou que, em casos de cassação, o que é votado é o parecer do relator no Conselho de Ética.

As questões de ordem, como as que podem alterar a forma de votação, devem tomar grande parte da sessão. Depois que todos os questionamentos forem respondidos, Marcos Rogério será o primeiro a falar por 25 minutos, para defender seu relatório. O advogado de Cunha e o próprio peemedebista serão os seguintes, com o mesmo tempo para rebater os argumentos do relator do caso.

Depois desta fase, cada parlamentar que se inscrever terá cinco minutos e os líderes mais 10 minutos para manifestar sua posição. Estes prazos para as manifestações dos deputados ainda estão sendo discutidos por técnicos da Secretaria-Geral da Mesa, reunidos durante quase toda a manhã desta segunda.

A última etapa é a votação que será nominal, por painel eletrônico, com voto aberto. Para ser cassado, são necessários 257 votos a favor do parecer.

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