Aliado ao governo, Alcolumbre presidirá eleição no Senado
Embora dispute o comando da Casa, regimento interno define que votação é presidida por remanescente da Mesa Diretora anterior
atualizado
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Candidato alinhado ao governo Jair Bolsonaro (PSL), o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) irá presidir a sessão do Senado que escolherá o novo presidente da Casa, no dia 1º de fevereiro. Mesmo sendo candidato à Presidência, Alcolumbre tem buscado pareceres que garantam que ele possa comandar a sessão e ainda concorrer ao posto. O parlamentar tem apoio, inclusive, do seu partido e vai argumentar que o regimento não trata desse tipo de particularidade.
De acordo com o regimento interno, preside a sessão o remanescente da Mesa Diretora anterior que esteja no meio do mandato. O único nessas condições, coincidentemente, é Alcolumbre. O senador do DEM vinha sendo pressionado a abandonar sua candidatura para poder presidir a sessão no dia da eleição sob o argumento de que ele não poderia conciliar as duas coisas.
Mas, caso Alcolumbre abdicasse do direito de presidir a sessão, quem comandaria os trabalhos seria o senador José Maranhão (MDB-PB), ligado a Renan Calheiros (MDB-AL), por ser o parlamentar mais velho do Senado. Embora não tenha se candidato oficialmente, o emedebista articula para presidir a Casa pela quinta vez.
Ao optar por presidir a sessão, Alcolumbre terá poder de rejeitar questões de ordem de aliados de Renan que possam vir a beneficiá-lo na eleição. Uma das possibilidades ventiladas é que algum dos senadores próximos ao emedebista apresentassem um pedido para que o Senado decidisse a disputa em um único turno, sem a necessidade de um segundo turno. Como candidato mais forte, Renan sairia na frente dos outros candidatos se isso acontecesse.