Alexandre Frota age para derrubar líder de Bolsonaro na Câmara
Deputado do PSL-SP considera o colega Major Vitor Hugo (PSL-GO) fraco para comandar a sigla e se oferece para assumir a função
atualizado
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Mesmo já tendo declarado que é “persona não grata” no governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL), o deputado federal Alexandre Frota (PSL-SP) continua soltando “fogo amigo” contra correligionários. O alvo da vez é o líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO). Frota o considera fraco e diz que o major é “faixa branca” para o embate com as bancadas da Casa.
Em conversas ao pé do ouvido e mensagens por WhatsApp, Frota tem pedido a cabeça do líder. E se oferece para ocupar o cargo. “Apesar do gosto pelo diálogo, não fujo do enfrentamento”, disse o ex-ator.
Frota considera Vitor Hugo sem pulso para exercer as funções de líder. “Ele é muito pouco diplomático e não consegue construir pontes. Líder tem de chegar e liderar. Falar com a esquerda, a direita e o centro sem medo”, diz o deputado por São Paulo.
Assim como Alexandre Frota, Vitor Hugo é novato no Congresso. O líder peesselista tem enfrentado questionamentos sobre sua capacidade de articular a base de Jair Bolsonaro na Casa e deputados já pregaram até mesmo um boicote contra ele. Em fevereiro, o major se viu frustrado na tentativa de reunir os líderes de partidos aliados pela primeira vez.
O encontro foi marcado via WhatsApp, disparado pela secretária de Vitor Hugo. Na mensagem, eram convidados os líderes da base “do apoio consistente e do apoio condicionado”.
O texto irritou aliados. “Existem dois tipos de líderes? O que ele quer dizer com consistente e condicionado? O trabalho do líder é trabalhar a base, acalmá-la, ter diálogo e esse governo não tem diálogo algum com a Câmara”, afirmou o líder do PRB na Casa, Jhonatan de Jesus (RR).
De confiança
Homem de confiança do presidente Bolsonaro, com trânsito livre no Planalto, o major Vitor Hugo é mestre em operações militares pela Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais do Exército e bacharel em ciências militares pela Academia Militar das Agulhas Negras.
Antes de se eleger deputado, estava na Consultoria Legislativa da Câmara, na área de segurança pública e defesa nacional.