Alcolumbre diz que fará sabatina de André Mendonça na semana que vem
O presidente da CCJ, porém, não confirmou a data, mas deixou claro que será entre 30 de novembro e 2 de dezembro
atualizado
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O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal, Davi Alcolumbre (DEM-AP), confirmou que fará a sabatina do ex-ministro André Mendonça para o Supremo Tribunal Federal (STF) na semana que vem. Ele não marcou a data, mas deixou claro que pretente sabatinar 10 indicados a cargos, entre eles Mendonça, durante a semana de esforço concentrado, entre 30 de novembro e 2 de dezembro.
A indicação de Mendonça tem oito pedidos de relatoria. Alcolumbre disse que havia sete. Ele foi interrompido por um outro senador, o oitavo, que solicitou também ser incluído na lista.
“Vou fazer uma reunião e vamos decidir qual será o relator dessa matéria”, disse Alcolumbre, na manhã desta quarta-feira (24/11).
Alcolumbre ainda não deliberou sobre a data da sabatina. Parlamentares aliados de André Mendonça pediram ao presidente da CCJ que marque a arguição do indicado ao STF no Senado na próxima terça-feira (30/11), como revelou o colunista Igor Gadelha, do Metrópoles. Nessa data é comemorado o Dia do Evangélico, religião praticada pelo indicado de Jair Bolsonaro à Corte.
Mendonça, o candidato “terrivelmente evangélico”, foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro em 13 de julho, um dia depois da aposentadoria do ex-ministro Marco Aurélio Mello. Desde então, uma guerra se estabeleceu entre o indicado, Bolsonaro e Alcolumbre. E uma peregrinação de Mendonça pelo Senado, onde visitou mais de 90% dos parlamentares atrás de apoio.
A resistência do parlamentar do Amapá seria porque Mendonça se uniria à ala punitivista do STF.
Logo no início da sessão, em resposta a críticas por supostamente ter segurado a data da sabatina, Alcolumbre ressaltou que o STF decidiu a favor da prerrogativa e independência de cada instituição do Senado. “O presidente da comissão tem a pauta”, assegurou.
Judeu, ele também se disse profundamente indignado e triste por terem transformado “uma questão política-institucional em embate religioso”.