Alckmin sobre reformular GSI após demissão: “Cabe a Lula estudar”
Após demissão de ministro, voltou a ganhar força o movimento para que Lula tire o status de ministério do GSI e o torne uma secretaria
atualizado
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O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) disse, nesta quinta-feira (20/4), que cabe ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estudar e definir sobre uma eventual reformulação na estrutura do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência (GSI).
Após a queda do ex-ministro Gonçalves Dias, do GSI, ganhou força o movimento para que a pasta perca o status de ministério e tenha a estrutura reformulada, virando uma secretaria especial. A ideia passou a ser aventada ainda na transição de governo, no ano passado. O problema central era a desconfiança do então governo eleito em relação aos agentes do GSI da gestão de Jair Bolsonaro (PL).
“Cabe ao presidente estudar”, disse Alckmin em rápida conversa com jornalistas, no Palácio do Planalto. Segundo ele, a demissão de Gonçalves Dias já é um caso “equacionado”. “Ele tomou a atitude que teria que ter tomado, que é pedir demissão. E o presidente aceitou. Então, bola para frente”, afirmou.
Planalto quer fazer novo pente-fino
Após a primeira baixa ministerial do governo Lula, o Palácio do Planalto prepara um novo pente-fino de militares do Gabinete de Segurança Institucional.
Com a repercussão do caso, o entorno do presidente considerou como “insustentável” a permanência de Gonçalves Dias no governo. Agora, a Presidência quer levantar quais militares ainda estão em sintonia com a gestão bolsonarista. A ideia é fazer uma nova leva de dispensa de militares.
No início do ano, logo após os ataques de 8 de janeiro, mais de 60 militares do GSI foram dispensados da Presidência da República. Eles eram de patentes mais baixas, como soldados, cabos e sargentos. A maioria dos integrantes do GSI são militares das Forças Armadas, que devem voltar para suas funções.
As novas dispensas devem ser capitaneadas por Ricardo Cappelli, designado por Lula para comandar o Gabinete de Segurança Institucional de forma interina. Cappelli, que foi interventor da Segurança Pública do Distrito Federal após as invasões de 8 de janeiro, é secretário-executivo do Ministério da Justiça desde o início do ano. A ideia é que ele coordene as mudanças entre os militares já a partir desta quinta-feira (20/4).